SÃO PAULO, 21 de out de 2021 às 13:43
Os restos mortais do servo de Deus Antoninho da Rocha Marmo foram transferidos do Cemitério da Consolação, em São Paulo (SP), para o hospital idealizado por ele em São José dos Campos (SP) e que leva seu nome. Os restos mortais foram recebidos durante uma celebração religiosa e depositados na capela da instituição, dedicada a Nossa Senhora da Saúde, de quem o menino era devoto, na terça-feira , 19 de outubro.
“Antoninho foi uma alma abençoada e caridosa. Um verdadeiro exemplo a ser seguido porque soube nos ensinar os valores humanos e cristãos. Mesmo doente, ele pensou no bem-estar de outras crianças”, disse a irmã Alessandra Nogueira, administradora do hospital.
Antônio da Rocha Marmo nasceu em 19 de outubro de 1918, em São Paulo (SP). Era o penúltimo filho do casal Pamphilo Marmo e de Maria Izabel Rocha Marmo. Antoninho foi para São José dos Campos para se tratar da tuberculose, pois a cidade era um centro de atendimento aos doentes na época.
O menino queria ser padre e brincava de celebrar missa. Amava ardentemente a Eucaristia, a Santa Missa, Nossa Senhora da Saúde e tinha um grande respeito pelos sacerdotes. O seu amor a Deus se voltava também para o próximo. Assim, idealizou a construção de um sanatório para atender as crianças pobres.
Antoninho não resistiu à doença e morreu em 21 de dezembro de 1930, aos 12 anos, em São Paulo. Sua mãe e um grupo de benfeitores iniciaram então as obras do sanatório idealizado pelo menino. O hospital foi inaugurado em 1952 e a administração da instituição foi confiada à madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, fundadora da congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que dava assistência aos tuberculosos da cidade.
O processo de beatificação e canonização de Antoninho da Rocha Marmo foi acolhido pela Igreja Católica em 2007 e encontra-se atualmente na Congregação para as Causas dos Santos da Santa Sé. O menino recebeu o título de servo de Deus. Atualmente está sendo elaborado a “positio”, fase do processo que tem por principal objetivo a avaliação das virtudes do Servo de Deus e de sua fama de santidade.
“Sempre desejei que todos conhecessem a história de Antoninho, de quem sou devoto desde criança. É uma grande alegria finalmente trazer seus restos mortais para a Capela Nossa Senhora da Saúde, de quem ele era devoto, que abriga o Santíssimo Sacramento e que está localizada ao lado do Hospital Antoninho da Rocha Marmo, que ele idealizou”, disse o autor do processo de beatificação e canonização de Antoninho, o advogado Alfredo Camargo Penteado Neto.
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Após o translado dos restos mortais de Antoninho Marmo para São José dos Campos, parte do pano que o revestiu ficará no túmulo do Cemitério da Consolação, em São Paulo, que é visitado por devotos há 91 anos.
Segundo a congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, com a chegada dos restos mortais de Antoninho, está concluído o local destinado à sua devoção. O jardim do hospital também abriga um memorial dedicado ao menino, que foi inaugurado em 2016.
As pessoas podem visitar o jazigo e o memorial do menino Antoninho de segundo a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
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