Ex-funcionários da União Nacional Italiana de Transporte de Doentes a Lourdes e Santuários Internacionais (UNITALSI) são acusados ​​de terem roubado um 1,8 milhão de euros da organização. A UNITALSI foi fundada em 1903 e desde 1997 é associação pública de fiéis da Conferência Episcopal Italiana (CEI). É formada por 300 seções em todo o território italiano e tem 48 mil membros, 22 mil voluntários e 50 funcionários.

Segundo a imprensa italiana, dois ex-presidentes da seção romana da UNITALSI, Alessandro Pinna e Emanuele Trancalini, estão sendo investigados pelo tribunal de Roma por desvios de fundos através de cheques falsos, transferências bancárias e dinheiro em espécie, que em vez de terem sido utilizados a favor de pessoas necessitadas foram encaminhados a amigos e parentes dos acusados.

Assim, o processo judicial terá início em janeiro de 2022 e convocará cinco réus: Alessandro Pinna, que foi presidente da seção romana da UNITALSI de 2009 a 2015; Emanuele Trincalini, presidente da UNITALSI Roma de 2015 a 2016; e os três supostos cúmplices Elisa Rabatti, funcionária do contador Pinna; Francesca Tommasi, funcionária da secretaria nacional da UNITALSI; e Cristiana Maddaluni, ex-secretária da UNITALSI.

Cristiana Maddaluni colaborou com a justiça e denunciou que os dois acusados roubaram dinheiro em espécie após uma iniciativa para arrecadar fundos. Maddaluni afirma que não recebeu nenhum euro e foi condenada a pena de um ano e onze meses de prisão por ter colaborado com a justiça

Segundo as investigações, parte do dinheiro foi utilizado na compra de uma casa de luxo na província de Cagliari, Sardenha, no valor de 430 mil euros.

A primeira denúncia foi feita em 2016, quando a então presidente da seção do Lácio, Preziosa Terrinoni, percebeu que havia irregularidades nas contas e que havia depósitos bancários em outras contas externas da UNITALSI.

O presidente nacional da UNITALSI, Antonio Diella, lamentou o ocorrido e disse que espera esclarecer os fatos.

Além das peregrinações a santuários como Lourdes, a UNITALSI mantém abrigos para acolher crianças com câncer com seus pais, que precisam estar próximos a hospitais pediátricos, como o Bambino Gesù. Este projeto é denominado "Bambini".

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Os dois ex-presidentes são acusados ​​de terem roubado 1,2 milhões de euros do projeto “Bambini” em 574 cheques dirigidos a familiares e amigos.

Finalmente, outra associação ligada a este escândalo é “l’isola solidale” (A ilha solidária), que é uma estrutura que pode acolher até 40 detidos. Alessandro Pinna foi seu presidente até 2020.

Entre as denúncias relacionadas a Pinna, está o não pagamento do aluguel desde 2016 à Fundação Divino Redentor e também a prática de atos imorais com um dos detidos.

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