O padre James Jackson, da Fraternidade Sacerdotal São Pedro (FSSP) e pároco de Santa Maria, em Providence, Rhode Island, EUA, foi preso no sábado acusado de três crimes relacionados a material de abuso sexual infantil. Jackson tornou-se pároco de Santa Maria, paróquia de rito tridentino, em agosto deste ano.

Jackson, de 66 anos, foi acusado de posse e envio de pornografia infantil e material erótico infantil proibida, anunciou a polícia de Rhode Island, ontem.

A prisão brotou de uma investigação pela força tarefa Crimes de Internet Contra Crianças (ICAC, na sigla em inglês) da polícia estadual de Rhode Island. A ICAC descobriu que a conexão de internet da casa paroquial da igreja de Santa Maria estava sendo usada para compartilhar material de abuso sexual infantil, disse a polícia. Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na paróquia e prenderam Jackson depois de se convencerem de que o padre era o dono do material, disse a polícia.

Em Rhode Island, o crime relacionado a “material erótico infantil proibido” é definido como produção, posse, exibição ou distribuição de “qualquer retrato visual de menores que estão parcialmente vestidos, em que os retratos visuais são usados para o propósito específico de gratificação ou excitação sexual por meio de ver os retratos visuais.”

Se condenados pelas três acusações, Jackson pode receber uma pena de 21 anos de cadeia.

No domingo 31 de outubro, a diocese de Providence disse que Jackson “foi barrado do ministério sagrado e do exercício do ofício de pastor” pelo bispo Thomas Tobin como resultado da prisão. A diocese disse que a paróquia de Santa Maria continuará a cargo da FSSP.  

“A diocese de Providence aplaude o esforço da Polícia Estadual de Rhode Island e as outras forças da lei envolvidas nessa prisão”, disse a declaração da diocese. “Estamos ansiosos para trabalhar com a polícia e o secretário de segurança para garantir a segurança das crianças.”

Tobin acrescentou “o uso de pornografia infantil é um crime sério e um pecado grave” e as acusações contra Jackson “são muito perturbadoras para todos e devem ser levadas muito a sério”.

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“Ao mesmo temo, renovo minha preocupação pastoral e ofereço minhas preces ferventes pelo bom povo da paróquia de Santa Maria nesse período difícil,” disse o bispo.

Uma declaração da FSSP disse que a ordem está “chocada e entristecida pelas notícias da prisão do padre Jackson e pelas acusações sérias contra ele.”

“Não tínhamos nenhum motivo para acreditar que o padre estava envolvido em qualquer comportamento inapropriado, quanto mais em conduta criminosa. Como todos os acusados de algum crime, o padre tem o direito natural tanto no direito penal como no direito canônico à presunção de inocência, e vamos cooperar completamente com as autoridades na investigação desse caso.”

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