“Em nossos países, surgiu certo tipo de líderes elitistas que têm pouco interesse na religião e nenhum vínculo real com as nações em que vivem ou com as tradições ou culturas locais”, disse o arcebispo de Los Angeles, EUA, dom Jozé Gómez, na apresentação do Congresso de Católicos e Vida Pública a ser realizado em Madri, Espanha, de 12 a 14 de novembro próximos com o tema “Correção Política: Liberdade em Perigo”.

Segundo dom Gómez, “esse grupo, que é responsável pelas empresas, governos, universidades e meios de comunicação, e que se encontra também nos estabelecimentos culturais e profissionais, quer estabelecer o que poderíamos chamar de civilização global, baseada numa economia de consumo e governada pela ciência, a tecnologia, valores humanitários e ideias tecnocráticas sobre a organização da sociedade”. Para eles, disse o arcebispo, “a religião, e especialmente o cristianismo, é apenas um obstáculo para o tipo de sociedade que eles esperam construir”.

Em torno desses líderes, se articulam os novos movimentos de reivindicação política que defendem o homossexualismo, o feminismo radical e o aborto, atacam a família em nome da luta contra o “patriarcado” e combatem a liberdade religiosa.

Para Gómez, “a melhor maneira de a Igreja compreender o que são os novos movimentos de justiça social é considerá-los como pseudo-religiões, e até mesmo como substitutos e rivais das crenças cristãs tradicionais”.

O congresso é organizado pela Associação Cristã de Propangandistas, uma organização laica fundada no começo do século XX, e pela Universidade San Pablo, de Madri, administrada pela associação.

“Estamos assistindo uma mudança do legado cultural cristiano”, disse Rafael Sánchez Saus, diretor do congresso. “Estão sendo postas em dúvida a tradição, a cultura católica e estamos presenciando a redefinição do bem e do mal, o que complica a transmissão da fé para os católicos, já que emalgumas ocasiões nossa mensagem parece políticamente incorreta”.

 Para discutir a cultura do cancelamento e o politicamente correto, estarão presentes pensadores importantes como o filósofo e político polonês Ryszard Legutko, que falará sobre “O Fechamento da Europa: como a Correção Política Afeta o Projeto Europeu”, e o historiador francês Remy Brague, que falará sobre o tema “Cultura do Cancelamento ou Cancelamento da Cultura?”

A seguir, a íntegra do discurso de apresentação do congresso feito pelo arcebispo de Los Angeles no dia 4 de novembro, que também pode ser assistido aqui (em espanhol):

Reflexões sobre a Igreja e as novas religiões nos Estados Unidos

Dom José H. Gómez, arcebispo de Los Angeles

Caros amigos,

Lamento não poder estar com vocês pessoalmente. Mas me sinto honrado pelo convite para discursar neste distinto Congresso.

Vocês me pediram para tratar de uma questão séria, delicada e complicada: o surgimento de novas ideologias e movimentos seculares que buscam mudanças sociais nos Estados Unidos e as implicações que isso tem para a Igreja.

E eu acho, claro, que todos entendemos que aquilo que a Igreja está enfrentando nos Estados Unidos também está ocorrendo, em diferentes graus e de diferentes maneiras, no país de vocês e em países de toda a Europa.

Com isso em mente, gostaria de oferecer hoje as minhas reflexões, divididas em três partes:

Primeiro, quero falar sobre o contexto mais amplo do movimento global de secularização e descristianização e o impacto da pandemia.

Segundo, quero dar uma "interpretação espiritual" dos novos movimentos políticos de justiça social e identidade nos Estados Unidos da América.

E, finalmente, gostaria de sugerir algumas prioridades evangélicas para a Igreja, para enfrentar as realidades do momento presente.

Então, vamos começar.

1. Secularização e descristianização

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Acho que todos nós sabemos que, se bem que nos Estados Unidos haja condições únicas, tanto na Espanha como em outras partes da Europa já há muito tempo têm se manifestado padrões similares de secularização agressiva.

Em nossos países, surgiu certo tipo de líderes elitistas que têm pouco interesse na religião e nenhum vínculo real com as nações em que vivem ou com as tradições ou culturas locais.

Este grupo, que é responsável pelas empresas, governos, universidades e meios de comunicação, e que se encontra também nos estabelecimentos culturais e profissionais, quer estabelecer o que poderíamos chamar de civilização global, baseada numa economia de consumo e governada pela ciência, a tecnologia, valores humanitários e ideias tecnocráticas sobre a organização da sociedade.

Dentro desta visão de mundo elitista, não há necessidade de sistemas de crenças e religiões antiquados. Na verdade, do ponto de vista deles, a religião, e especialmente o cristianismo, é apenas um obstáculo para o tipo de sociedade que eles esperam construir.

E penso que é importante ter isso em mente.

Como os papas assinalaram, na prática, a secularização significa "descristianização". Durante vários anos, na Europa e nos Estados Unidos, houve um esforço deliberado para apagar as raízes cristãs da sociedade e para suprimir qualquer influência cristã que ainda esteja em vigência.

No programa que estabeleceram para este Congresso, vocês mencionam a "cultura do cancelamento" e o "politicamente correto". E percebemos que, muitas vezes, o que se corrige e cancela são as perspectivas que estão arraigadas nos ensinamentos cristãos sobre a vida e a pessoa humana, sobre o casamento, a família e muito mais.

Na sociedade de vocês e na minha, o "espaço" que a Igreja e os cristãos podem ocupar está encolhendo. As instituições eclesiásticas e as empresas cujos proprietários são cristãos, são cada vez mais desafiadas e assediadas.

O mesmo se aplica aos cristãos que trabalham na educação, na saúde, no governo e em outros setores. Diz-se que ter certas crenças cristãs é uma ameaça às liberdades e até mesmo à segurança de outros grupos em nossas sociedades.

Um fato adicional, que completa o contexto.

Todos notamos as dramáticas mudanças sociais que ocorreram em nossas sociedades com a chegada do coronavírus e a forma como as autoridades governamentais responderam à pandemia. Penso que a história vai olhar para trás e ver que esta pandemia não tanto mudou as nossas sociedades, como acelerou tendências e padrões que já estavam sendo postos em prática.

As mudanças sociais que poderiam ter levado décadas para se desenvolver estão se acelerando por causa dessa doença e da resposta das nossas sociedades.

Este é certamente o caso dos Estados Unidos.

Os novos movimentos sociais e ideologias de que falamos hoje foram semeados e preparados durante muitos anos nas nossas universidades e instituições culturais.

Mas, com a tensão e o medo causados pela pandemia e por causa do isolamento social, e, também, devido ao assassinato de um homem afro-americano desarmado por um policial anglo-saxão, junto com os protestos que se seguiram em nossas cidades, esses movimentos desencadearam-se sem freios em nossa sociedade.

Este contexto é importante para compreender a situação que vivemos nos Estados Unidos.

O nome de George Floyd agora é conhecido em todo o mundo. Porém, isso se deve ao fato de que, para muitas pessoas no meu país e até para mim mesmo, a sua tragédia tornou-se um lembrete gritante de que a desigualdade racial e econômica ainda está profundamente arraigada na nossa sociedade.

E eu penso que devemos estar atentos a essa realidade a existência da desigualdade. Porque esses novos movimentos são parte de um discurso mais amplo, parte de um debate que é absolutamente essencial sobre como construir uma sociedade americana que amplie as oportunidades para todos, sem se importar com a cor de sua pele, da procedência ou seu status econômico.

Com isso em mente, passemos ao ponto seguinte.

2. As novas religiões políticas dos Estados Unidos

O meu argumento é este. Creio que a melhor maneira de a Igreja compreender o que são os novos movimentos de justiça social é considerá-los como pseudo-religiões, e até mesmo como substitutos e rivais das crenças cristãs tradicionais.

Com o colapso da visão de mundo judaico-cristã e a emergência do secularismo, os sistemas de crença política baseados na justiça social e na identidade pessoal vieram preencher o espaço que uma vez foram ocupadas as crenças e práticas cristãs.

Seja lá como formos chamar esses movimentos - "justiça social", "cultura woke", "política de identidade", "interseccionalidade", "ideologia sucessora", etc. - eles dizem oferecer o que a religião proporciona.

Eles dão às pessoas uma explicação dos eventos e condições do mundo. Eles lhes oferecem um sentido, um propósito na vida e um sentimento de pertença a uma comunidade.

Além disso, tal como o cristianismo, esses novos movimentos contam a sua própria "história da salvação".

Para explicar o que quero dizer, deixem-me tentar comparar brevemente a história cristã com o que poderíamos chamar a história do movimento “woke” ou a história da "justiça social".

A história cristã, na sua forma mais simples, pode ser descrita mais ou menos assim: Fomos criados à imagem de Deus e chamados a viver uma vida de bênção, em união com Ele e com o nosso próximo.

A vida humana tem um telos dado por Deus, quer dizer, uma intenção e uma direção. Por causa do nosso pecado, nós estamos alienados de Deus e uns dos outros, e vivemos à sombra da nossa morte.

Pela misericórdia e amor de Deus para cada um de nós, fomos salvos através da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Jesus reconcilia-nos com Deus e com o próximo; dá-nos a graça de sermos transformados à sua imagem e chama-nos a segui-lo na fé, amando a Deus e ao próximo e trabalhando para construir o Seu Reino na terra. Tudo isso na esperança confiante de que obteremos a vida eterna com Ele no mundo vindouro.

Essa é a história cristã. E agora, mais do que nunca, a Igreja e todos os católicos precisam conhecer essa história e proclamá-la em toda a sua beleza e em toda a sua verdade.

Precisamos fazer isso porque, neste momento, há uma outra história rondando por aí.
Uma narrativa antagônica de "salvação" que ouvimos na mídia e em nossas instituições, vindas dos novos movimentos de justiça social.

O que poderíamos chamar a história do movimento "woke" que diz algo como: Não podemos saber de onde viemos, mas somos conscientes de que temos interesses comuns com aqueles que partilham a nossa cor de pele ou a nossa posição na sociedade.

E também, estamos dolorosamente conscientes de que nosso grupo está sofrendo e sendo alienado, e isso acontece sem culpa nossa. A causa da nossa infelicidade é que somos vítimas da opressão de outros grupos da sociedade.

E conseguimos a libertação e a redenção através da nossa luta constante contra os nossos opressores, travando uma batalha pelo poder político e cultural, em nome da criação de uma sociedade igualitária.

Esse é certamente um discurso poderoso e atraente para milhões de pessoas, tanto na sociedade americana como nas sociedades de todo o Ocidente.

Na verdade, muitas das principais organizações, universidades e mesmo escolas públicas dos Estados Unidos estão promovendo e ensinando ativamente esta perspectiva.

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Esta história deriva a sua força da simplicidade das suas explicações: o mundo está dividido em inocentes e vítimas, aliados e inimigos.

Mas, essa narrativa também é atraente porque, como eu disse antes, responde às reais necessidades e ao sofrimento humano. As pessoas estão sofrendo, sentem-se discriminadas e excluídas das oportunidades da sociedade.

Nunca devemos esquecer essa realidade. Muitos dos que aderiram a esses novos movimentos e sistemas de crenças são motivados por intenções nobres.

Eles querem mudar as condições na sociedade que negam a homens e mulheres os direitos e oportunidades para uma vida digna.

É claro que todos queremos promover uma sociedade em que haja igualdade, liberdade e dignidade para todas as pessoas. Mas só podemos construir uma sociedade justa com base na verdade sobre Deus e sobre a natureza humana.

Este tem sido o ensinamento constante da nossa Igreja e dos papas durante quase dois séculos e até hoje.

O papa Emérito Bento XVI nos advertiu que o eclipse de Deus conduz ao eclipse da pessoa humana. Mais de uma vez nos lembrou: quando nos esquecemos de Deus, não vemos mais a imagem de Deus no nosso próximo.

O papa Francisco sublinha fortemente a mesma verdade na carta encíclica Fratelli Tutti: a menos que acreditemos que Deus é nosso Pai, não encontraremos razões para tratar os outros como nossos irmãos e irmãs.

Esse é precisamente o problema que temos diante de nossos olhos.

As teorias e ideologias críticas de hoje são profundamente ateístas. Eles negam a alma, assim como a dimensão espiritual e transcendente da natureza humana; ou consideram tudo isso irrelevante para a felicidade humana.

Eles reduzem o que significa ser humano a qualidades essencialmente físicas, como a cor da nossa pele, o nosso sexo, as nossas noções de gênero, etnia e posição na sociedade.

Sem dúvida, podemos ver que esses são alguns dos elementos da teologia da libertação, enraizada numa visão cultural marxista. Parecem-se muito, também, com várias heresias e falsos Evangelhos que encontramos ao longo da história da Igreja.

Como os maniqueus, esses movimentos veem o mundo como uma luta entre o bem e o mal, o justo contra o injusto.

E, como os gnósticos, rejeitam a criação e o corpo, acreditando que os seres humanos podem fazer de si mesmos o que quiserem.

Esses movimentos são também pelagianos, pois creem que a redenção pode ser alcançada através dos nossos próprios esforços humanos, sem levar em conta Deus.

Por fim, esses movimentos são utópicos, porque parecem acreditar que podemos criar uma espécie de 'céu na terra', uma sociedade perfeita, através do poder político.

Mais uma vez, meus caros amigos, o que eu quero dizer é o seguinte: penso que é importante para a Igreja compreender e abordar esses novos movimentos, não em termos sociais ou políticos, mas como perigosos substitutos da verdadeira religião.

Ao negar Deus, esses novos movimentos perderam a verdade sobre a pessoa humana. Isto explica seu extremismo e sua abordagem dura, intransigente e inflexível da política.

E do ponto de vista evangélico, uma vez que esses movimentos negam a pessoa humana, por mais bem-intencionados que sejam, não poderão promover o autêntico florescimento humano.

De fato, como estamos presenciando em meu país, esses movimentos estritamente seculares estão provocando novas formas de divisão social, discriminação, intolerância e injustiça.

3. O que deve ser feito?

Isso leva-me ao meu último conjunto de reflexões.

A questão é: O que fazer? Como deve a Igreja responder a esses novos movimentos seculares que buscam mudança social?

A minha resposta é simples. Precisamos proclamar Jesus Cristo. Proclamá-lo audaciosamente, com criatividade. Precisamos contar nossa história de salvação de uma maneira nova. Com caridade e confiança, sem medo. Essa é a missão da Igreja para todos os tempos e para todos os momentos culturais.

Não nos devemos deixar intimidar por essas novas religiões de justiça social e identidade política. O Evangelho continua sendo a força mais poderosa para a mudança social que já existiu no mundo. E a Igreja tem sido "anti-racista" desde o início. Todos estão incluídos na sua mensagem de salvação.

Jesus Cristo veio para anunciar a nova criação, veio para proclamar o novo homem e a nova mulher, dotados da capacidade de se tornarem filhos de Deus, de se renovarem à imagem do seu Criador.

Jesus nos ensinou a conhecer e amar a Deus como nosso Pai chamou sua Igreja para levar essa boa nova até os confins da terra, para reunir a única família de Deus que abraça todos os povos do mundo, todas as raças, todas as tribos e todos os povos.

Esse foi o significado do Pentecostes, quando homens e mulheres de todas as nações da terra ouviram o Evangelho na sua própria língua materna. Isso é o que São Paulo quis dizer quando disse que em Cristo não há judeu nem grego, homem ou mulher, escravo ou livre.

É claro que nós, na Igreja, nem sempre estivemos à altura destes belos princípios, nem cumprimos plenamente a missão que nos foi confiada por Cristo.

Mas o mundo não precisa de uma nova religião secular para substituir o cristianismo. Precisa, mais, que você e eu sejamos melhores testemunhas, melhores cristãos. Comecemos por perdoar, amar, sacrificar-nos pelos demais, expulsar venenos espirituais como o ressentimento e a inveja.

Pessoalmente, encontro inspiração nos santos e nas pessoas que viveram uma vida de santidade na história do meu país.

Eu penso especialmente na serva de Deus, Dorothy Day. Para mim, ela oferece um importante testemunho da forma como os católicos podem trabalhar para mudar a ordem social através do desapego radical e do amor aos pobres com base nas Bem-aventuranças, no Sermão da Montanha e nas obras de misericórdia.

Ela também tinha a profunda convicção de que antes de podermos mudar o coração dos outros, temos que mudar a nós mesmos. Certa vez ela disse: "Eu vejo muito claramente como as pessoas são más. Quem me dera não ver as coisas dessa maneira. São os meus próprios pecados que me dão essa clareza.

Mas eu não posso me preocupar muito com seus pecados e eu não posso me preocupar muito com seus pecados e misérias, quando tenho tanta deles em mim. ... Minha oração a Deus todos os dias é que ele aumente meu coração para que eu possa ver todos vocês e viver com todos vocês no amor D´Ele”.

Esta é a atitude que precisamos numa altura em que a nossa sociedade está tão polarizada e dividida.

Também fui inspirado pelo testemunho do venerável padre Augustus Tolton. A história dele é impressionante e verdadeiramente americana. Ele nasceu na escravidão, escapou da escravidão com sua mãe e tornou-se o primeiro sacerdote afro-americano a ser ordenado sacerdote no meu país.

O padre Tolton disse uma vez: "A Igreja Católica deplora uma dupla escravidão: a da mente e a do corpo. Ela se esforça para nos libertar de ambos".

Hoje em dia, precisamos desse tipo de confiança no poder do Evangelho.

Nestes tempos corremos o risco de cair num novo "tribalismo", uma ideia pré-cristã de humanidade, que a vê dividida em grupos e facções, em concorrência uns com os outros.

Temos de viver e proclamar o Evangelho como o verdadeiro caminho de libertação de toda a escravidão e injustiça, espiritual e material.

Em nossa pregação, em nossa vida prática, e especialmente em nosso amor ao próximo, devemos dar testemunho do belo projeto de Deus para nossa humanidade comum, isto é, nossa origem e destino comum em Deus.

Por fim, acredito que neste tempo a Igreja deve ser a voz da consciência individual e da tolerância.

Precisamos promover maior humildade e realismo sobre a condição humana, compreendendo que a nossa humanidade comum envolve o reconhecimento da nossa fragilidade comum.

A verdade é que todos nós somos pecadores, somos todos pessoas que querem fazer a coisa certa, mas muitas vezes falham em seu cumprimento.

Isso não significa que devamos permanecer passivos perante a injustiça social - jamais! Mas devemos insistir que a fraternidade não pode ser construída através da animosidade ou da divisão.

A verdadeira religião não procura prejudicar, humilhar ou arruinar o sustento ou a fama das pessoas. A verdadeira religião oferece uma maneira até mesmo para os piores pecadores encontrarem a redenção.

Um pensamento final, queridos amigos.

A realidade da Providência Divina. Precisamos nos apegar a essa verdade sobrenatural porque a verdade é esta: a mão amorosa de Deus continua a guiar nossas vidas e também o destino das nações.

Tanto nos Estados Unidos como no México, a Igreja se prepara para celebrar o 490º aniversário da aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, que comemora a verdadeira fundação espiritual do continente americano.

E nós já estamos vendo sinais de um despertar religioso em nosso país, sob as controvérsias políticas, as nuvens pandêmicas e a incerteza do futuro.

É minha convicção que na próxima década veremos um despertar espiritual e um crescimento na fé enquanto nos preparamos para o 500º aniversário da aparição.

E as palavras de Maria de Guadalupe no Tepeyac enchem-me de inspiração e força: "Não estou eu aqui, que sou tua mãe? Não estás tu debaixo da minha sombra e sob o meu abrigo?"

Muito obrigado pelo convite e por me ouvirem.

Que Deus vos abençoe a todos e que a Santíssima Virgem de Guadalupe interceda por todos nós!

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