As autoridades eclesiásticas da Espanha evitaram se pronunciar sobre o caso do padre espanhol Daniel Pajuelo, que promove abertamente a agenda gay. O padre é professor de um colégio e fundador da plataforma iMisión. Sob o pseudônimo de “smdani”, o padre tem mais de um milhão de seguidores nas redes sociais. 

A diocese de Asidonia-Jerez é governada pastoralmente por dom José Rico Pavés. O departamento de comunicação da diocese informou a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, por e-mail no dia 15 de novembro, que não comentará as polêmicas publicações do padre Pajuelo, porque "é um assunto que não lhe diz respeito", visto que o padre é membro de uma congregação religiosa, a Companhia de Maria (Marianistas).

Sendo uma congregação religiosa, os padres marianistas não respondem por suas ações diretamente ao bispo da diocese em que sua comunidade está inserida, mas ao superior provincial.

Depois de repetidas consultas realizadas desde 15 de julho deste ano, em 11 de novembro, a Província da Espanha da Companhia de Maria disse a ACI Prensa que a congregação religiosa "não deseja fazer nenhuma declaração a respeito".

O padre Daniel Pajuelo, professor da escola marianista Nossa Senhora do Pilar de Jerez, tem mais de um milhão de seguidores em seu canal no YouTube, mais de 135 mil no Instagram e outros 104 mil no Twitter.

O padre Pajuelo fundou a iMisión junto com a religiosa Xiskya Valladares, que defendeu bênçãos para casais homossexuais apesar da recusa do Vaticano.

Por meio de suas redes sociais, o padre Pajuelo tem desafiado abertamente a doutrina e o trabalho pastoral da Igreja Católica para pessoas com atração pelo mesmo sexo, promovendo a agenda LGBT.

Em junho deste ano, mês que a Igreja Católica dedica ao Sagrado Coração de Jesus, o padre Pajuelo celebrou o mês do “orgulho” gay, publicando um coração com as cores características da bandeira que simboliza o ativismo homossexual, com a mensagem “a diversidade é um presente, não uma ameaça”.

 

Ele também divulgou um desenho no qual Jesus é visto defendendo uma "ovelha gay" diante de um grupo que os apedreja.

 

Nesse mesmo mês, divulgou uma série de entrevistas polêmicas, incluindo a que ele promoveu como “Bissexual e Cristã. Testemunho de (sic) fé e amor LGTBI”.

 

Já em fevereiro de 2020, o padre Pajuelo criticava que “na Igreja estamos errando com a comunidade LGBT, construindo muros, julgando pessoas, derrubando pontes. Parece-me urgente uma conversão do coração”.

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Nos últimos dias, o padre Pajuelo esteve mais uma vez no centro da polêmica na Igreja Católica na Espanha, postando uma foto sua no Instagram com o ator pornô Ángel Muñoz García, conhecido como “Jordi”, e fez uma brincadeira sobre isso.

 

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Dois dias depois de retirar a fotografia, o padre conhecido como “Smdani” escreveu: “Jesus não entrou em lutas dialéticas, nas quais só havia inveja, ciúme e jogo de poder. Seu principal ensinamento era a própria vida, e ele se calou mesmo sob o risco de ser difamado, mal interpretado e assassinado”.

 

As publicações do padre Daniel Pajuelo receberam fortes críticas de outros padres espanhóis.

Padre Juan Manuel Góngora, padre da diocese espanhola de Almería, advertiu que o tipo de conteúdo que ele divulga “implica uma relativização mundana e benevolente do pecado”.

 

Consultado no Twitter, o padre José María Pérez Chaves, da arquidiocese militar da Espanha, lamentou que o padre Pajuelo, entre outros, “não pareça ter lido” o Catecismo da Igreja Católica sobre a homossexualidade.

 

No esforço de esclarecer o ensinamento da Igreja Católica sobre a homossexualidade, diante das confusões espalhadas durante o mês do "orgulho" pelo padre Pajuelo, padre Jesús Silva, da arquidiocese de Madri, publicou um extenso "tópico" no Twitter sobre como deve ser a pastoral para as pessoas com atração ao mesmo sexo.

 

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