O Santuário Nacional de São José de Anchieta, em Anchieta (ES), foi reaberto ao público no dia 18 de novembro, depois de três anos em obras de restauração e readequadação. Para o reitor, padre Nilson Maróstica, o santuário agora restaurado pode aumentar a devoção ao santo jesuíta copadroeiro do Brasil.

O complexo arquitetônico do santuário de Anchieta envolve a igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída pelo padre Anchieta e dedicada por ele em 15 de agosto de 1590, e a residência dos jesuítas, que atualmente abriga um centro de documentação e o centro de interpretação. Este espaço é um museu que conta com a aplicação de novas tecnologias, conteúdos multimídias proporcionando ao público uma experiência mais dinâmica e interativa. Nestes centros, o visitante encontrará material sobre a vida e obra de são José de Anchieta e sobre o trabalho missionário dos jesuítas no Brasil.

Além disso, no complexo, pode-se visitar o pátio e a cela onde são José de Anchieta viveu seus últimos dias e morreu, em 9 de junho de 1597. Esta cela foi declarada Santuário Nacional pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2015, quando também nomeou são José de Anchieta padroeiro secundário do Brasil.

Em 1943, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou a igreja Nossa Senhora da Assunção, com inscrição no Livro do Tombo Histórico. As obras de restauração e readequação inauguradas na semana passada contaram com aprovação e acompanhamento do Iphan. Foram efetivadas pela Lei de Incentivo à Cultura Federal, com patrocínios do Instituto Cultural Vale e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  

O complexo recebeu obras civis de conservação, climatização, sonorização, restauro do patrimônio arquitetônico, iluminação monumental, sistema de proteção contra raios, segurança e projeto de combate a incêndio. Também foram feitos levantamentos históricos, pesquisa arqueológica, restauro de imagens de santos e objetos litúrgicos, digitalização do acervo e projeto de readequação litúrgica.

Foram adotadas medidas de acessibilidade: banheiros adaptados, sinalização em braile, intérprete em libras nos vídeos, passarelas acessíveis no paisagismo e plataformas elevatórias para que todos os visitantes tenham acesso à cela de São José de Anchieta e ao centro de documentação.

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Segundo padre Nilson Maróstica, a canonização de são José de Anchieta em 2014 fez com que multiplicasse o número de pessoas interessadas na vida do santo, “levando em conta toda sua devoção” e também um “interesse pelos aspectos artístico e cultural do monumento”. “O Santuário, então revitalizado, revigora a fé do povo no santo, aumenta a devoção. Também desperta o interesse turístico, artístico, cultural. Revitalizar o Santuário é restaurar para preservar e divulgar”, disse.

Em declaração à TV Guarapari, o sacerdote jesuíta contou que, quando chegou ao santuário, em 2018, “tinha goteiras dentro da igreja, caindo em cima do som”. Para o reitor, essa obra de restauração é “uma conquista para toda a comunidade de Anchieta, para os peregrinos que aqui frequentam e para os fiéis que vêm aqui buscar graças de são José de Anchieta”.

O reitor reforçou o convite para que os fiéis visitem o santuário, aproveitando que a igreja está celebrando o Ano Inaciano, que recorda os 500 anos da conversão de santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (os jesuítas). Padre Maróstica lembrou que o papa Francisco decretou que “todos aqueles que visitarem uma igreja da Companhia recebem indulgência plenária”. “Então, convido vocês a vir visitar o santuário, receber a indulgência plenária, o perdão dos pecados, e participar de uma celebração aqui e contemplar este entorno lindo que temos agora”, disse em entrevista a Record News Espírito Santo.

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