EDIMBURGO, 24 de nov de 2021 às 11:29
A criadora de Harry Potter, a escritora escocesa J.K. Rowling, denunciou uma nova onda de ameaças de morte, violência e intimidação no Twitter, por ter criticado a ideologia de gênero, principalmente no que se refere às mulheres “trans”.
“Na última sexta-feira, três atores ativistas publicaram o endereço da minha família no Twitter, tirando fotos em frente a nossa casa, posicionados cuidadosamente para que o endereço ficasse visível”, denunciou a escritora em 22 de novembro.
Last Friday, my family’s address was posted on Twitter by three activist actors who took pictures of themselves in front of our house, carefully positioning themselves to ensure that our address was visible. 1/8
— J.K. Rowling (@jk_rowling) November 22, 2021
“Quero agradecer muito a todos que informaram sobre a imagem a @TwitterSupport. Sua bondade e decência fizeram uma grande diferença para mim e minha família. Também gostaria de agradecer à polícia escocesa por seu apoio e assistência nesse assunto”, acrescentou.
“Peço a quem retuitou a imagem com o endereço ainda visível, mesmo que o tenham feito para rejeitar as ações dessas pessoas, que a apaguem”, pediu.
JK Rowling disse que “nos últimos anos tenho visto, consternada, como as mulheres que não têm um perfil público, mas que entraram em contato comigo para relatar suas experiências, foram alvo de campanhas de intimidação que vão desde o assédio nas redes sociais e ser acusadas por seus empregadores, até receber ameaças diretas de violência, inclusive de estupro”.
“Nenhuma dessas mulheres está protegida como eu. Elas e suas famílias foram colocadas em um estado de medo e angústia pelo simples motivo de terem se recusado a aceitar, sem críticas, o conceito sociopolítico de identidade de gênero no lugar do de sexo”.
None of these women are protected in the way I am. They and their families have been put into a state of fear and distress for no other reason than that they refuse to uncritically accept that the socio-political concept of gender identity should replace that of sex. 6/8
— J.K. Rowling (@jk_rowling) November 22, 2021
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A escritora disse: "os agressores @IAmGeorgiaFrost, @hollywstars e @Richard_Energy_ pensaram que me intimidaria ao defender os direitos das mulheres em função de seu sexo”.
“Deveriam pensar que recebi tantas ameaças de morte que poderia cobrir minha casa com elas e não deixei de falar. Talvez - e apenas faço o comentário - a melhor maneira de provar que seu movimento não é uma ameaça para as mulheres seria que deixem de nos assediar e ameaçar. Falo porque sei que muitas não podem por medo ou por intimidação psicológica”, concluiu.
As três contas que publicaram o endereço da escritora foram excluídas depois que a denúncia de J.K. Rowling viralizou.
A postura da escritora custou-lhe não ser convidada para a comemoração da HBO pelos 20 anos do primeiro filme da saga Harry Potter, que ela criou, e da qual participarão os atores que a criticaram duramente, quando em 2020 ela questionou alguns postulados da ideologia de gênero. Daniel Radcliffe, que interpretou Harry Potter; e Emma Watson, que interpretou Hermione, foram alguns dos críticos mais duros de J.K. Rowling.
Em junho de 2020 J.K. Rowling escreveu um comentário no Twitter sobre um artigo que tinha no título a frase “pessoas que menstruam”.
“Pessoas que menstruam? Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Que alguém me ajude. Wumben? Wimpund? Woomud?" (Women), questionou a autora numa alusão clara às mulheres, por isso recebeu muitas críticas nas redes sociais e meios seculares.
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— ACI Digital (@acidigital) August 16, 2021