A plataforma internacional CitizenGO lançou uma campanha de assinaturas para exigir que o Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF) do México “revogue a injustiça” da sentença contra dois cardeais, um bispo e dois padres  por terem dito aos católicos que não votem em defensores do aborto e da ideologia de gênero nas eleições de 6 de junho.

Na campanha, eles alertam que a sentença "marca um precedente perigoso para a liberdade de pensamento, expressão e liberdade religiosa para qualquer mexicano, independentemente de seu credo, filiação política ou cívica".

A Câmara Especializada do TEPJF condenou em 18 de novembro o arcebispo da Cidade do México, cardeal Carlos Aguiar Retes, o arcebispo emérito de Guadalajara, cardeal Juan Sandoval Íñiguez, o bispo de Cancún-Chetumal, dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas, e os padres Mario Ángel Flores Ramos, ex-reitor da Pontifícia Universidade do México (UPM), e Ángel Espinosa de los Monteros.

A critério dos três magistrados presentes, os ministros de culto católicos “transgrediram os princípios constitucionais de separação Igreja-Estado” e de “igualdade na disputa”, no âmbito das eleições de 6 de junho deste ano.

A juíza Gabriela Villafuerte Coello criticou durante a sessão da câmara que um dos condenados encorajou os fiéis católicos a “rezar e pedir a Deus que os ilumine no momento de votar”. "É claro que isso não deveria ser permitido", disse ela.

Depois da sentença, o Ministério do Interior do governo López Obrador terá que definir a punição, que pode ir de uma simples repreensão a uma multa de 3 milhões de pesos (cerca de US$ 150 mil).

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Para CitizenGO, com esta decisão “os magistrados estão violando o direito humano à liberdade de expressão e à liberdade religiosa, que estão indissociavelmente ligados”.

Para participar da campanha de assinaturas lançada pelo CitizenGO, vá à página: https://citizengo.org/es-mx/205345-respeten-libertad-religiosa

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