A Conferência Episcopal da Costa Rica (CECR) exortou “a não usar a fé para dividir a população”, depois que o apresentador de um meio de comunicação local voltou a transmitir um áudio blasfemo contra a Virgem Maria.

O áudio, extraído do livro El fuego cuando te quema" (O fogo quando te queima, em português), de Alí Víquez, apresenta a Virgem Maria tendo relações sexuais, e foi transmitido pela primeira vez, há cinco anos, no programa "Literofilia" da Rádio Nacional.

Sob o título “Liberdade de expressão e respeito pela fé”, o documento da CECR, publicado em 24 de novembro, critica a Televisión y Radio RN “em decorrência da divulgação que fez desse áudio, por meio do jornalista Marvin Rojas”.

“Exigimos respeito pela nossa fé católica e pela fé de cada pessoa que habita nossa nação e que não se misture com nenhum propósito político”, disseram.

O áudio “é um desrespeito à fé do povo católico; também é uma falta de respeito que seja utilizado novamente nas redes sociais com um propósito que desconhecemos”, disseram os bispos no comunicado.

“Como aconteceu há mais de cinco anos, hoje também deploramos e rejeitamos este tipo de conteúdo contra a Santíssima Virgem Maria; ou qualquer outro conteúdo que desrespeite a fé e a religiosidade das pessoas”, disse a Conferência Episcopal da Costa Rica.

A CECR disse que hoje é “notória” uma grande tensão social na sociedade da Costa Rica, “ao mesmo tempo em que as redes sociais são utilizadas para dividir a população”.

Em 6 de fevereiro de 2022, a Costa Rica elegerá um novo presidente, os dois vice-presidentes e os 57 deputados da Assembleia Legislativa.

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Se nenhum dos candidatos presidenciais obtiver pelo menos 40% dos votos, será convocado um segundo turno eleitoral para domingo, 3 de abril, com os dois mais votados. Cerca de 23 partidos participarão das eleições de 6 de fevereiro.

Nesse contexto, disseram ver com surpresa que “um áudio, retirado de um livro, no qual se realiza uma blasfêmia contra a Virgem Maria”, volte a ser divulgado.

No seu comunicado, a CECR fez um chamado para que a liberdade de expressão seja efetiva de "forma responsável, sem ofensas, sem desrespeito, a qualquer pessoa, entidade ou condição social, raça, sexo, etc".

Por fim, os bispos exortaram “todas as pessoas, especialmente o povo católico, a discernir quais materiais escritos e audiovisuais consomem, para saber com que fim são divulgadas certas mensagens, para evitar cair em algum jogo de polarização da nossa sociedade ou inclusive da nossa própria Igreja”.

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