DENVER, 3 de dez de 2021 às 15:41
O cardeal Raymond Burke anunciou a data da primeira missa pública que celebrará depois de ter se recuperado da covid-19. A celebração será forma tradicional anterior à reforma do Concílio Vaticano II no santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, em Wisconsin, EUA.
Numa carta publicada em 1º de dezembro e intitulada "Advento e Apocalipse", o cardeal americano informou que a eucaristia que ele celebrará será sua primeira missa pública desde sua hospitalização em 10 de agosto.
O cardeal disse que a eucaristia será celebrada no sábado, 11 de dezembro, às 11h e será uma “grande missa pontifícia, segundo o uso mais antigo do rito romano, muitas vezes chamado de forma extraordinária do rito romano e será transmitida pela Catholic Answers”. Uso mais antigo traduz Usus antiquior, expressão com que o rito tradicional também é conhecido. “Forma extraordinária do rito romano” foi a expressão cunhada pelo papa Bento XVI quando liberou a todos os padres o uso da missa antiga através do motu proprio Summorum pontificum, revogada em julho deste ano pelo papa Francisco.
O cardeal Burke também celebrará uma segunda missa no dia seguinte, 12 de dezembro, terceiro domingo do Advento, às 13h.
Na segunda-feira, 13, dia em que será celebrada Nossa Senhora de Guadalupe este ano, o cardeal celebrará uma terceira missa, às 12h15.
Estas duas últimas missas serão celebradas segundo a forma ordinária ou novus ordo, como é conhecida; mas nenhuma dessas duas será transmitido; por isso, diz o cardeal, estão todos convidados “a peregrinar ao santuário de Nossa Senhora de Guadalupe para assistir a uma ou às duas missas”.
“Embora eu deseje muito que essas liturgias públicas marquem meu retorno às minhas atividades pastorais habituais, minha reabilitação deve continuar no futuro. Manterei vocês atualizados sobre o meu progresso”.
Refletindo depois sobre este tempo litúrgico, o cardeal destacou que “de modo particular o Advento é um convite a nos aproximarmos do mistério da encarnação redentora, o mistério incomparável com que o Filho de Deus assumiu a nossa natureza humana para nos salvar do pecado e da morte, por sua Paixão, Morte e Ressurreição e Ascensão; e ficar sempre conosco na Igreja”.
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“Ao mesmo tempo, o Advento nos prepara especialmente para o último dia, o dia em que Cristo, vivo por nós na Igreja, voltará em glória para consumar sua obra de salvação, para inaugurar 'novos céus e uma nova terra onde habite a justiça'”, disse Burke.
“A palavra apocalipse, no grego comumente falado neste tempo, significa 'revelação' ou 'descoberta'. Por exemplo, quando um casal real descobre o rosto de seu recém-nascido para que o público o veja ou quando um noivo tira o véu do rosto da noiva em seu casamento”, disse o cardeal.
Da mesma forma, “nosso Salvador, manifestando o profundo mistério do amor divino, começou sua Revelação, seu Apocalipse, sob a luz da estrela que convidou e guiou os três reis magos do oriente”.
O cardeal fez votos de que o Senhor ilumine a vida dos fiéis neste tempo de Advento e que “vivamos este tempo de grandes graças do calendário litúrgico da Igreja, preparando-nos para celebrar o nascimento do Filho de Deus encarnado, o Redentor, enquanto guardamos no coração a nossa alegria quando já antecipamos a sua segunda vinda no último dia”.
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