A arquidiocese de Belo Horizonte (MG) informou no dia 3 de dezembro que frei Evaldo Xavier Gomes renunciou ao cargo de pároco da paróquia Nossa Senhora do Carmo. O anúncio foi feito após a divulgação na internet de fotos de frei Evaldo que insinuam homossexualismo. Segundo a defesa do carmelita, as imagens foram manipuladas e a polícia e o Ministério Público já foram acionados.

“O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, no exercício de suas atribuições pastorais e canônicas, acolheu, neste dia 3 de dezembro de 2021, o pedido de renúncia do rvmo. frei Evaldo Xavier Gomes, O.Carm., ao ofício de pároco da paróquia Nossa Senhora do Carmo, forania Nossa Senhora do Carmo, região episcopal Nossa Senhora da Piedade”, afirma o comunicado da arquidiocese, sem especificar o motivo da renúncia.

Frei Evaldo Xavier Gomes era assessor jurídico-canônico da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo a assessoria de imprensa da CNBB, o carmelita também apresentou sua renúncia ao cargo e o pedido foi aceito pela presidência da entidade. O presidente da conferência episcopal é o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Durante seis anos, foi prior provincial da Província Carmelitana de Santo Elias, tendo sido eleito em 2014 e reeleito em 2017. Em março de 2021, foi nomeado comissário pontifício do mosteiro de São Bento, em São Paulo, pelo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica da Santa Sé, o cardeal brasileiro dom João Braz de Aviz. 

Em matéria intitulada “Comissário Pontifício nomeado por Dom Braz de Aviz é pego em orgias”, o site Católica Conect publicou fotos em que o sacerdote aparece com outro homem. O site diz que “o PDF com o artigo foi recebido em grupos de WhatsApp, está circulando nos meios católicos”.

Após a publicação, a matéria de Católica Conect foi atualizada com um “Comunicado de Providências Legais”, assinado pelo advogado de frei Evaldo Xavier, Guilherme Coelho Colen. Segundo o advogado, as imagens “foram submetidas a ilícita e criminosa manipulação”. Ele afirmou que “a Polícia Civil e o Poder Judiciário foram acionados, com o fim de identificar os criminosos e as demais pessoas que disseminaram as mensagens ilícitas, a fim de atribuir-lhes responsabilidade no âmbito penal e cível”.

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Colen também enviou uma notificação extrajudicial a Católica Conect, solicitando a “imediata retirada” de todo conteúdo do site ou de qualquer local, “sob pena do agravamento dos imensuráveis danos morais já sofridos pelo notificante”.

Esta matéria foi atualizada para adicionar a informação sobre a renúncia ao cargo da CNBB.

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