Roma, 3 de jan de 2022 às 10:45
Morreu aos 80 anos o arcebispo emérito de Ferrara-Comacchio, na Itália, dom Luigi Negri, um estudioso de são João Paulo II, especialista em exorcismo e aluno do padre Luigi Giussani, fundador do movimento Comunhão e Libertação.
O arcebispo de Ferrara-Comacchio, dom Gian Carlo Perego, enviou uma nota comunicando a notícia na noite do dia 31 de janeiro e também recordou o arcebispo emérito numa missa celebrada na igreja de São Francisco e convidou os padres e fiéis a rezar por ele na missa do dia 1º de janeiro.
Dom Negri foi arcebispo de Ferrara-Comacchio de março de 2013 a junho de 2017.
O leigo Davide Prosperi, presidente interino de Comunhão Libertação, lamentou sua morte num comunicado de 1º de janeiro: “Com grande dor e ao mesmo tempo com um sentimento imediato de gratidão recebi a notícia da subida ao Céu do nosso querido dom Luigi Negri.”
“Entre as suas muitas qualidades, recordamos sua paixão missionária, com a qual não perdia a oportunidade de envolver o povo cristão, e pelo seu fervor cultural, que se traduziu numa leitura inteligente da modernidade à luz do acontecimento cristão", disse.
Nascido em Milão em 1941, dom Negri veio de uma família humilde e de sólida fé. Ele cresceu na paróquia de Sant'Andrea e, em 1955, ingressou no colégio clássico Berchet, em Milão, e conheceu outro Luigi, Giussani. De imediato, tornou-se seu colaborador, ingressou no Movimento Eclesial Juvenil Estudantil, fundado pelo próprio Giussani (núcleo originário do que foi depois Comunhão e Libertação).
Dez anos depois, formou-se em Filosofia com uma tese sobre o problema da Fé e da Razão. Depois o seminário e, em 1972, a ordenação sacerdotal pelas mãos do cardeal Giovanni Colombo, arcebispo de Milão.
Desde então até 2005 dedicou seu trabalho ao movimento e à Igreja. Em 17 de março foi nomeado bispo de San Marino-Montefeltro e em 1º de dezembro de 2012 tornou-se arcebispo de Ferrara-Comacchio e abade de Pomposa. Ele tomou posse canônica da arquidiocese em 3 de março de 2013.
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Em 2012, participou como padre sinodal na XIII assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização.
Até o fim, seu compromisso com a missão do padre Giussani foi central em sua vida.
San Marino também o recorda de uma maneira particular. Em Titano, por sua iniciativa, foi construída uma base para o estudo da obra e do pensamento de Karol Wojtyla (são João Paulo II); e em 2011 foi dom Negri quem recebeu o papa Bento XVI por ocasião de sua histórica visita à diocese.
Em 2015, dom Negri voltou a San Marino para a apresentação, na Villa Manzoni, de seu ensaio “O caminho da Igreja”.
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