ROMA, 10 de nov de 2005 às 15:55
Em um fato sem precedentes, Pequim, a capital da China, foi sede de um simpósio sobre Doutrina Social da Igreja organizado pela Academia Social Chinesa e a Conferência Episcopal Alemã.Análise Digital, órgão informativo da arquidiocese de Madri, informou que o simpósio intitulado "Doutrina social católica e responsabilidade social" foi exposto pelos chineses "como uma sorte de ‘ecumenismo’ entre o catolicismo e os ideais da revolução comunista", alguns ainda presentes.
Entre os temas tratados está "A questão social e o serviço oferecido pelas Igrejas cristã", no qual se reconheceu que apesar do que diz a propaganda oficial, "a pobreza faz estragos na China".
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Segundo Análise Digital, isto empurrou o Governo a pensar a possibilidade de "autorizar a entrada no país a missionários católicos para que trabalhem com os mais pobres", dada a experiência da Igreja neste campo e que os missionários realizam seu trabalho solidário sem fazer distinção de credos.
Outro tema abordado foi o "Da relação entre religião e sociedade", que evidenciou "a disparidade de opiniões" devido a que o Governo "desconhece a liberdade religiosa". Conseqüência disso é o "número indeterminável de católicos" que são enviados a prisão por querer praticar sua fé em fidelidade com a Santa Sé e não sob o controle da igreja patriótica.
Entretanto, para o diretor do Instituto para o Estudo das Religiões e do Instituto para o Estudo do Cristianismo, da Academia Social a Chinesa, Zhuo Xin Ping, o simpósio "ajudou a demonstrar mais claramente o laço que existe entre a doutrina social católica e o serviço social (oficial) com exemplos e testemunhos concretos".