Vaticano, 5 de jan de 2022 às 15:21
“Amanhã celebraremos a Solenidade da Epifania. Que, como os Reis Magos, busquem com a mente aberta a Cristo, luz do mundo”, disse o papa Francisco durante a Audiência Geral de hoje, 5 de janeiro, que aconteceu na Aula Paulo VI do Vaticano.
A Igreja celebra a solenidade da Epifania do Senhor no dia 6 de janeiro. No Brasil a solenidade é sempre transferida para o domingo e, este ano, foi comemorada no domingo passado, 2 de janeiro.
O papa também afirmou que a Epifania do Senhor “nos lembra que Deus desceu do céu por nós e para a nossa salvação” e que “nos faz ver que o Filho de Deus está presente na alma de cada pessoa que sinceramente o procura”.
“Caminhemos neste novo ano seguindo a luz de Cristo. Que a sua presença penetre em seus corações, em suas famílias, em seus lugares de trabalho e em sua pátria. Abençoo vocês com todo o meu coração”, concluiu o papa.
Na missa de Solenidade da Epifania que celebrou no dia 6 de janeiro de 2021, o papa Francisco rezou para que “o Senhor Jesus nos torne seus verdadeiros adoradores, capazes de manifestar com a vida o seu desígnio de amor, que abraça a humanidade inteira” e, para isso, ofereceu três conselhos para adorar melhor ao Senhor.
Segundo Francisco “adorar o Senhor não é fácil, não é um dado imediato: requer uma certa maturidade espiritual, sendo o ponto de chegada dum caminho interior, por vezes longo”.
Três conselhos para adorar melhor
Para isso, o papa sugeriu "aprender com os magos algumas lições úteis: como eles, queremos prostrar-nos e adorar o Senhor" e aconselhou três atitudes: "levantar os olhos", "pôr-se a caminho" e "ver".
Em primeiro lugar, levantar o olhar é um convite “a deixar de lado cansaço e lamentos, sair das estreitezas duma visão limitada, libertar-se da ditadura do próprio eu, sempre propenso a fechar-se em si mesmo e nas preocupações particulares”.
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“Olhar de modo novo os problemas e as angústias, sabendo que o Senhor conhece as nossas situações difíceis, escuta atentamente as nossas súplicas e não fica indiferente às lágrimas que derramamos”, disse.
Em segundo lugar, o papa aconselhou “pôr-se a caminho” porque “antes de poder adorar o Menino nascido em Belém, os Magos tiveram que enfrentar uma longa viagem” porque “não se chega a adorar o Senhor sem antes passar pelo amadurecimento interior que nos dá o pôr-se a caminho”.
Deste ponto de vista, Francisco disse que "os fracassos, as crises, os erros podem tornar-se experiências instrutivas" porque "com o passar do tempo, as provas e adversidades da existência – vividas na fé – contribuem para purificar o coração, torná-lo mais humilde e, consequentemente, mais disponível para se abrir a Deus”.
O terceiro conselho do papa é "ver" além das aparências como os magos que "prostrando-se diante do Menino nascido em Belém, expressaram uma adoração que era primariamente interior: a abertura dos cofres trazidos de prenda foi sinal da oferta dos seus corações”.
“Esta forma de ‘ver’ que transcende o visível, faz-nos adorar o Senhor muitas vezes escondido em situações simples, em pessoas humildes e marginais. Trata-se, pois, dum olhar que, não se deixando encandear pelos fogos de artifício do exibicionismo, procura em cada ocasião aquilo que não passa, procura o Senhor”, concluiu Francisco em 2021.
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