BUENOS AIRES, 10 de nov de 2005 às 16:42
A Corporação de Advogados Católicos e a organização Pró-vida apoiaram o pedido dos bispos nacionais ao governo de não aprovar leis de educação sexual que não tenham o consenso da cidadania.Os advogados pediram "aos titulares do poder estatal" abster-se de aprovar leis de educação sexual obrigatória nas escolas, porque constituem uma "tamanha agressão contra a família".
"Sabe-se que no Congresso da Nação avança um projeto que tem por objeto estender a todo o território nacional a obrigatoriedade da 'instrução sexual', desconhecendo e vulnerando o direito que os pais têm a orientar a educação de seus filhos, e a que seu exercício não seja desvirtuado por interferências do setor público", indicou a Corporação.
Por sua vez, a organização Pró-vida repudiou a política chamada de "educação sexual" que, conforme advertiu, o Estado pretende impor "coercitivamente".
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Em uma declaração oficial, a entidade destacou que "a política de 'educar as crianças sexualmente' por parte do Estado, sem intervenção e consentimento dos pais, atenta contra princípios elementares que garantem à família a formação moral de seus filhos".
"Ao tratar de impor um discurso único –divorciada a sexualidade do amor e a responsabilidade– já fracassado em outras partes do mundo, revela a intencionalidade ideológica de incidir na mudança cultural dos jovens argentinos em sua maioria cristãos com ordens contrárias a seus valores familiares", alertou.
Ontem, os bispos reunidos em Assembléia Plenária publicaram uma declaração na qual "diante da possibilidade de que ao finalizar o presente período legislativo sejam aprovadas leis que dizem relação à família e à educação, como é o caso do projeto de educação sexual", pedem aos legisladores "que, com autêntico espírito democrático, submetam os projetos ao correspondente e amplo debate prévio que inclua a consulta às instâncias interessadas, especialmente aos pais de família e às instituições e organizações comprometidas com a educação".