O bispo italiano Giacomo Cirulli proibiu padres, diáconos, religiosos e leigos que não estão vacinados contra a covid-19 de darem a comunhão, uma decisão que gerou polêmica e que levou o bispo a publicar um esclarecimento adicional nesta segunda-feira, 10 de janeiro.

Segundo informa ACI Stampa, agência em italiano do grupo ACI, dom Cirulli, bispo de Teano-Calvi e Alife-Caiazzo emitiu uma disposição no sábado, 8 de janeiro, proibindo "a distribuição da Eucaristia por sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos não vacinados” contra a covid-19.

A disposição lembra ainda que “durante a celebração, as hóstias sobre o altar devem ser colocadas estritamente cobertas nos vasos sagrados pertinentes”.

“Convido-os a respeitar e fazer cumprir rigorosamente as regras de profilaxia e higienização para conter a pandemia dentro de nossas igrejas e nos locais pertinentes, conforme previsto no protocolo do governo italiano e da Igreja de 7 de maio de 2020, para retomar as celebrações com o povo”, disse o bispo.

Em nota publicada nesta segunda-feira, 10 de janeiro, a diocese de Teano Calvi publicou um esclarecimento após o interesse demonstrado pela opinião pública nas "redes sociais, televisão e jornais".

O esclarecimento diz que a proibição “confirma a linha de respeito e proteção da vida que neste momento histórico põe em causa as opções de cada um: põe-se como medida útil adicional para combater a propagação do vírus entre a população e para cuidar dos mais frágeis”.

O bispo acrescentou que a medida também visa proteger “àqueles que poderiam não gozar das vantagens da cobertura da vacinação e lamentavelmente, como mostram os crescentes casos nos hospitais de toda a Itália, sofrem o dano da doença”.

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O esclarecimento diz que “dom Cirulli também decidiu suspender as atividades pastorais presenciais, como está acontecendo em outras dioceses e também em contextos leigos como são os momentos de encontro e contatos sociais”.

A nota destaca que tudo isso confirma “a linha da Igreja Católica italiana e do papa Francisco em apoio à campanha de vacinação”, tema que reapareceu ontem na saudação do papa ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé.

Em seu discurso nesta segunda-feira, o papa Francisco disse que “as vacinas não são instrumentos mágicos de cura, mas constituem sem dúvida, conjuntamente com os tratamentos que precisam ser desenvolvidos, a solução mais razoável para a prevenção da doença”.

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