Roma, 12 de jan de 2022 às 16:43
A diocese de Roma condenou a manifestação pró-nazista que ocorreu em 10 de janeiro, do lado de fora da igreja de Santa Lúcia, onde um grupo de pessoas colocou uma bandeira com a suástica no caixão de Alessia Augello, ativista de um partido de extrema-direita cujas exéquias tinham acontecida na igreja.
O Vicariato de Roma “deplora firmemente o que aconteceu ontem, em frente à igreja de Santa Lúcia, sem o conhecimento do pároco, padre Alessandro Zenobbi, e de todo o clero paroquial, no final da celebração, que ocorreu sem nenhum sinal ou manifestação que pudesse pressagiar o que aconteceu imediatamente depois”, afirmou a diocese em comunicado publicado na terça-feira, 11.
No mesmo comunicado, o pároco de Santa Lúcia, expressou “profunda tristeza, decepção e consternação pelo ocorrido e se distanciou de cada palavra, gesto e símbolo usado fora da igreja".
Alessia Augello, de 44 anos, era do partido italiano de extrema-direita Forza Nuova.
O partido Forza Nuova tem sido criticado por várias de suas posições ideológicas, como ser contra a imigração e pelos atos violentos perpetrados por alguns de seus militantes.
Em comunicado divulgado em 11 de janeiro, a diocese de Roma confirmou que o caixão estava coberto com uma bandeira nazista e condenou o uso daquele "horrível símbolo incompatível com o cristianismo".
“A instrumentalização ideológica e violenta, mais ainda a que segue a um ato de culto e na proximidade de um lugar sagrado, para a comunidade eclesial de Roma e para todos os homens de boa vontade de nossa cidade continua sendo grave, ofensiva e inaceitável”, declarou a nota oficial.
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A diocese de Roma também disse que “há muito tempo trabalha com dedicação para formar, educar e assim desativar todos os mecanismos de ódio, oposição, tentação ideológica violenta e discriminatória”.
A nota do vicariato assegurou a "oração pela alma da defunta" e "a proximidade com a sua família, que experimenta a dor da separação terrena".
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