O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira, 17, a delegação da Custódia da Terra Santa por ocasião do centenário de fundação da revista Terra Santa, e disse que dar a conhecer os lugares por onde Cristo andou, e sua realidade atual, é "transmitir o Quinto Evangelho”.

Fundada em 1921 em Jerusalém, a revista é uma publicação bimestral em italiano, francês, inglês, português, espanhol e árabe. Nasceu com o objetivo de contar sobre os lugares santos e o trabalho dos frades menores nos países que compõem a Custódia: Israel, Palestina, Jordânia, Líbano, Síria, Egito, Chipre e algumas ilhas gregas.

Em seu discurso, o papa agradeceu as palavras do custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton, e a presença dos membros da equipe, entre os quais também estão os responsáveis ​​do Christian Media Center.

“Fazer com que a Terra Santa seja conhecida significa transmitir o ‘Quinto Evangelho’, ou seja, o ambiente histórico e geográfico no qual a Palavra de Deus foi revelada e depois feita carne em Jesus de Nazaré, para nós e para nossa salvação”, disse o papa Francisco. "Significa também conhecer as pessoas que ali vivem hoje, a vida dos cristãos das diversas Igrejas e denominações, mas também a dos judeus e muçulmanos, para tentar construir, num contexto complexo e difícil como o do Oriente Médio, uma sociedade fraterna”.

O papa recordou as palavras de Bento XVI antes da oração do Regina Coeli de 17 de maio de 2009, quando disse que "a Terra Santa foi chamada de 'quinto Evangelho', porque ali, citou Francisco, "podemos ver, aliás, tocar a realidade da história que Deus realizou com os homens. Começando pelos lugares da vida de Abraão, indo até aos lugares da vida de Jesus, da encarnação e ao túmulo vazio, sinal da sua ressurreição. Sim, Deus entrou nesta terra, agiu conosco neste mundo”.

"E o mistério pascal ilumina e dá sentido também à história de hoje, ao caminho dos povos que hoje vivem naquela Terra, caminho infelizmente marcado por feridas e conflitos, mas que a graça de Deus sempre abre à esperança, esperança de fraternidade e paz”, disse o papa.

Francisco encorajou os presentes a “contar sobre a fraternidade que é possível: aquela entre cristãos de Igrejas e confissões infelizmente ainda separados, mas que na Terra Santa às vezes já estão próximos da unidade, como eu mesmo tive ocasião de notar”.

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“Contar que a fraternidade é possível entre todos os filhos de Abraão: judeus, cristãos e muçulmanos. Contar sobre a fraternidade eclesial que se abre aos migrantes, deslocados e refugiados, para restituir sua dignidade, da qual foram privados quando tiveram que deixar sua pátria em busca de um futuro para eles e para os seus filhos”, acrescentou.

Por isso, agradeceu que para realizar os seus serviços e publicações, estejam indo também aos territórios onde há realidades difíceis, de sofrimento, como Síria, Líbano, Palestina e Gaza.

“Através dos meios de comunicação social podem enriquecer a fé de muitos, mesmo daqueles que não têm a possibilidade de fazer uma peregrinação aos lugares santos (…). Isso é precioso para os crentes de todo o mundo e, ao mesmo tempo, sustenta os cristãos que vivem na Terra de Jesus", disse o papa.

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