O papa Francisco vai proclamar santo Irineu de Lyon Doutor da Igreja universal.

Nascido no ano 125 na Ásia Menor, provavelmente em Esmirna, atual Turquia, destacou-se por combater heresias com argumentos que apresentou em cinco livros nos quais refutava as diferentes seitas, colocando-as diante da doutrina correta emanada dos ensinamentos dos Apóstolos e das Sagradas Escrituras. Bispo e Lyon, na França, Santo Irineu refutou especialmente a doutrina dos gnósticos.

De sólida formação acadêmica e religiosa, tinha amplo conhecimento das Sagradas Escrituras, literatura e filosofia, esteve em estreito contato com os discípulos dos apóstolos, como são Policarpo.

Segundo a tradição, Santo Irineu foi martirizado, mas os detalhes de sua morte são desconhecidos. Os restos mortais de Santo Irineu foram sepultados em uma cripta, sob o altar da então chamada Igreja de São João, mas que depois passou a se chamar Igreja de Santo Irineu. Este túmulo ou santuário foi destruído pelos calvinistas em 1562 e os últimos vestígios de suas relíquias desapareceram.

O papa anunciou sua intenção de proclamar santo Irineu de Lyon Doutor da Igreja com o título de Doctor unitatis, Doutor da Unidade em encontro com os membros do “Grupo Misto de trabalho Ortodoxo-Católico Santo Irineu” no Palácio Apostólico do Vaticano.

Naquela ocasião, Francisco destacou a importância que a figura de santo Irineu tem hoje para o diálogo ecumênico entre católicos e ortodoxos porque “veio do Oriente, exerceu seu ministério episcopal no Ocidente e foi uma grande ponte espiritual e teológica entre os cristãos orientais e ocidentais”.

Segundo um comunicado da Santa Sé, Francisco recebeu a proposta da Congregação para as Causas dos Santos durante a audiência concedida hoje ao prefeito, cardeal Marcello Semeraro, que pediu ao papa que aprovasse "o parecer afirmativo da Sessão Plenária dos cardeais e bispos membros do mesmo dicastério, sobre a concessão do título de Doutor da Igreja universal a santo Irineu, bispo de Lyon”.

Santo Irineu será o segundo Doutor da Igreja proclamado por Francisco. O primeiro foi são Gregório de Narek, em 2015.

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Nos pontificados anteriores, Bento XVI nomeou são João de Ávila e santa Hildegarda de Bingen Doutores da Igreja.

São João Paulo II proclamou santa Teresinha do Menino Jesus. São Paulo VI nomeou santa Teresa d´Ávila e santa Catarina de Sena.

São João XXIII nomeou são Lourenço de Brindisi, e Pio XII nomeou santo Antônio de Pádua Doutor da Igreja.

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