WASHINGTON DC, 24 de jan de 2022 às 16:03
Joe Biden, o segundo presidente católico da história dos EUA, disse que o aborto "é um direito que acreditamos que deve ser codificado em uma lei, e estamos comprometidos em defendê-lo com todas as ferramentas que temos".
Biden transmitiu essa mensagem no dia 22 de janeiro em comemoração ao 49º aniversário da decisão da Suprema Corte em Roe x Wade, que liberou o aborto nos EUA.
Na mensagem, Biden reclamou que “o direito constitucional estabelecido em Roe x Wade há quase 50 anos, hoje está sob ataque como nunca antes". No mesmo dia, dezenas de milhares de americanos se reuniram em defesa da vida em Washington, DC.
O caso Roe x Wade é uma farsa. Norma McCorvey, a “Jane Roe” no caso que foi à Suprema Corte em 1973, disse ter engravidado num estupro. Anos depois ela admitiu que era mentira e acusou defensores da legalização do aborto de a terem manipulado. Não houve o aborto. Enquanto o caso estava sendo julgado, a bebê nasceu e foi entregue para adoção
Norma McCorvey converteu-se ao catolicismo e dedicou-se à defesa da vida desde a concepção. Morreu em 18 de fevereiro de 2017.
A ameaça a Roe x Wade a que Biden se referiu é por causa do caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization, sobre uma lei estadual do Mississippi que restringe a maioria dos abortos depois da 15ª semana de gravidez.
Uma decisão favorável à lei pró-vida do Mississippi pode afetar as sentenças de Roe x Wade, de 1973, e Planned Parenthood x Casey de 1992, em que a Suprema Corte reafirmou a primeira decisão e estabeleceu que "um Estado não pode proibir qualquer mulher de tomar a decisão final de interromper sua gravidez antes de sua viabilidade".
Nos EUA, um bebê é considerado "viável" fora do útero por volta das 24 semanas de gestação, embora nos últimos anos os bebês nascidos com cerca de 21 semanas de gestação tenham sobrevivido.
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Biden, que se proclama católico e recebe a eucaristia mesmo defendendo o aborto, gerou duras críticas de alguns bispos da Igreja Católica nos EUA e em outras partes do mundo.
Em outubro de 2021, o arcebispo de Kansas City e presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, dom Joseph Naumann, expressou sua decepção com o presidente Joe Biden, e exigiu que ele atue como o "católico devoto" que afirma ser.
Biden se encontrou com o papa Francisco no final de outubro de 2021 e disse que Francisco o autorizou a continuar recebendo a comunhão. A Santa Sé nunca comentou a afirmação.
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— ACI Digital (@acidigital) January 24, 2022