CALIFORNIA, 31 de jan de 2022 às 09:58
A cidade de Louisville, Kentucky, EUA, vai pagar US$ 75 mil de indenização ao policial Matthew Schrenger por tê-lo suspendido por rezar uniformizado do lado de fora de uma clínica de aborto. A quantia foi acertada em um acordo.
"O tratamento dado ao policial Schrenger foi particularmente desonroso, considerando que outros policiais de Louisville já haviam marchado, enquanto estavam de serviço e uniformizados, em protestos políticos que aparentemente foram aprovados pelo departamento de polícia", disse Matt Hefrron, advogado do escritório de advocacia Sociedade Tomás More, responsável por representar judicialmente Schrenger.
“Ele foi tratado de maneira muito diferente de outros policiais que, sem dúvida, se envolveram em protestos e ativismo político verdadeiro ao participar de manifestações LGBT e Black Lives Matter”, disse ele.
Segundo a Sociedade Tomás More, esses outros oficiais não enfrentaram nenhuma suspensão ou penalidade.
Schrenger estava de folga quando parou para rezar com seu pai na calçada pública em frente ao Centro Cirúrgico de Mulheres EMW há quase um ano, em 20 de fevereiro.
Schrenger chegou no início da manhã, antes da abertura da clínica de aborto, como participante da campanha 40 Dias pela Vida, que visa acabar com o aborto através da oração e jejum.
Schrenger foi suspenso por mais de quatro meses, exonerado de seus poderes policiais e posto sob investigação, segundo um comunicado de imprensa de 27 de janeiro da Sociedade Tomás More.
O Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville alegou que a punição se deveu ao fato de que Schrenger estava usando seu uniforme completo enquanto participava de “atividades de protesto”, mas reconheceu que o policial tentou encobri-lo com seu casaco.
O vídeo das câmeras de vigilância obtido pelo canal de TV WDRB mostrou Schrenger rezando e andando fora da clínica por aproximadamente 45 minutos e em um momento segurava um cartaz de "rezar para acabar com o aborto", informou o canal.
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O acordo ocorre três meses depois que Schrenger processou o prefeito, o chefe de polícia e o departamento de polícia da cidade em uma ação federal apresentada pelo escritório de advocacia que o representa.
O advogado de Schrenger disse que as ações da cidade contra o policial veterano são "uma violação significativa e imperdoável dos direitos constitucionais de um oficial leal".
"A disciplina injusta revelou inegavelmente discriminação baseada em conteúdo contra as visões pró-vida pessoais do oficial Schrenger e violou seus direitos da Primeira Emenda", disse Heffron.
“Ele não se envolveu em nenhum protesto político durante o serviço, ele rezou em silêncio. No entanto, o policial Schrenger foi punido por esse comportamento privado e pacífico".
Ele também acusou o departamento de polícia de padrão duplo.
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