ROMA, 15 de nov de 2005 às 13:59
O Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Camillo Ruini, afirmou que "a Igreja Católica trabalha para a defesa da pessoa e isto não se pode considerar uma ingerência no Estado", durante seu discurso inaugural da Assembléia Plenária dos bispos da Itália.Conforme informa a Europa Press, o Cardeal assinalou que "a profunda união" entre Estado e Igreja está apoiada na oportunidade que se dá à comunidade cristã de poder desenvolver sua missão.
"Nós trabalhamos pelo interesse católico mas sempre para o homem, criatura de Deus, por isso podemos dizer com serenidade e sem espírito polêmico, aos que temem ou se queixam de uma excessiva presença da Igreja na vida pública italiana, que queremos criar união e não divisões", indicou o Cardeal.
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O Presidente da CEI fez eco da mensagem de Bento XVI enviada ao Parlamento italiano e destacou que "o empenho a favor da pessoa não representa uma violação da laicidade da República italiana, a não ser uma contribuição à liberdade de cada um e por seu bem autêntico".
"Uma Igreja que não fala sobre estes temas, para proteger seus próprios e legítimos interesses institucionais, não prestaria honra nem a si mesmo nem à Itália", acrescentou.
Em seguida e em relação com o debate sobre a pílula abortiva RU-486 no país, o também Vigário de Roma, precisou que "embora seja só uma pílula e não se trate de uma intervenção cirúrgica, é sempre a supressão de uma vida humana inocente".