A arquidiocese de Teresina (PI) abriu ontem, 8 de fevereiro, o tribunal diocesano para a causa de beatificação do padre Pedro Balzi. Nessa fase do processo, cujo início foi marcado por uma missa na catedral de Nossa Senhora das Dores, serão recolhidas provas e testemunhos de quem conviveu com o religioso, que pode vir a se tornar o primeiro santo de Teresina.

O processo teve início no dia 20 de fevereiro de 2020, quando o padre recebeu o título de Servo de Deus. Embora tenha nascido na Suíça, foi em Teresina que o religioso deixou a marca de sua atuação pastoral e obra.

A autora da causa é a Associação Padre Pedro Balzi, erigida por decreto diocesano em junho de 2019. O trabalho envolve, além da arquidiocese de Teresina, as cidades de Lausanne, onde nasceu, Bérgamo e Chioggia, na Itália, locais em que morou, e La Paz, na Bolívia, onde atuou durante 22 anos antes de vir para o Brasil. Na Bolívia, padre Pedro deixou um enorme legado, incluindo o hospital João XXIII, que ergueu com ajuda de benfeitores locais.

Padre Balzi chegou ao Brasil em 1987, a convite de dom Miguel Câmara, então arcebispo de Teresina. Na capital piauiense, construiu o Centro Maria Imaculada, para tratamento de pessoas com hanseníase, além de um complexo de escolas e assistência social hoje chamado Centro Municipal De Educação Infantil Padre Pedro Balzi, com sede na Vila da Paz (Zona Sul)

Criou também comunidades terapêuticas que acolhem gratuitamente dependentes químicos no Maranhão e Piauí.

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Chamado de ‘empreendedor social’, o padre Balzi deixou um enorme legado por onde passou. Morreu em outubro de 2009, aos 82 anos, como pároco da paróquia Santuário Nossa Senhora da Paz, onde foi enterrado.

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