Buenos Aires, 10 de fev de 2022 às 16:03
O delegado episcopal da Argentina para as causas dos santos, dom Santiago Olivera, apresentou no dia 7 de fevereiro a consulta de testemunhos para a beatificação da irmã Bernardina da Imaculada Sesso, carinhosamente chamada de "mãe dos sacerdotes".
O também bispo militar da Argentina explicou que a Irmã Bernardina é italiana, mas “viveu muito tempo na Argentina, pertencente às Irmãs Pobres Bonaerenses de São José, em San Miguel, província de Buenos Aires, onde manteve uma grande amizade com o então mestre de noviços, depois bispo e cardeal, Jorge Bergoglio, atual Santo Padre Francisco”.
Como a causa de canonização da serva de Deus foi aberta em Roma, o bispo de San Miguel, dom Damián Nannini, delegou o processo a dom Olivera.
Assim, o delegado episcopal para as causas dos santos processou e concluiu a instância judicial perante o Vicariato de Roma.
Dom Olivera estava acompanhado pela irmã Colomba Angelillis, representante da madre delegada para a Itália do Instituto das Irmãs Pobres Bonaerenses de José, madre Gregoria Antonia Ortiz.
Madre Bernardina
Adele Sesso nasceu em Montella, Itália, em 15 de outubro de 1918, em uma família pobre e quando o mundo ainda sofria com a Primeira Guerra Mundial.
Desde jovem sentiu o chamado à vida consagrada e quis entrar na Congregação das Irmãs Vocacionistas; mas como uma de suas irmãs já havia entrado, ela não pôde entrar também.
Em seguida, conheceu a Congregação das Irmãs Pobres Bonaerenses de São José em Roma e ingressou neste instituto religioso em 29 de julho de 1935, aos 17 anos.
Fez os primeiros votos em 19 de março de 1938 em Roma e em 5 de outubro do mesmo ano foi enviada para servir nos institutos localizados na Argentina e nos EUA.
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Nesses lugares ela foi um exemplo de humildade, piedade, diligência, bondade e abandono à Divina Providência.
Do seu trabalho principal como cozinheira e tendo um carinho especial pelos padres, desde pequena, rezava e se sacrificava de maneira extraordinária por eles e pelos seminaristas.
Colaborou na formação dos futuros padres e religiosos, acolhendo-os com a bondade e o sorriso que a caracterizavam. Animava-os em suas dificuldades e os ajudava espiritualmente: foi, como lhe diziam, uma verdadeira “mãe” para eles.
Nos últimos anos de sua vida, ela sofreu de um tumor no pâncreas e no fígado, tendo que passar por várias cirurgias. Aceitou o sofrimento com força e serenidade.
Voltou à Itália, onde recebeu frequentes visitas de agradecimento de padres e bispos. Entre eles o cardeal Bergoglio, hoje papa Francisco.
Dez dias antes de morrer, irmã Bernardina recebeu a unção dos enfermos e a absolvição in articulo mortis do cardeal Bergoglio e morreu em 12 de dezembro de 2001.
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— ACI Digital (@acidigital) February 10, 2022