VIENA, 16 de nov de 2005 às 17:43
“A tendência à secularização não deve assumir-se como uma lei natural inalterável”, assinalou o Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn em um programa de entrevistas da televisão austríaca, ao qual foi convidado no domingo último.
Conforme informa a agência austríaca Orf.at, o Cardeal vienense enfatizou que “não necessariamente se deve assumir que uma sociedade secularizada deva ser uma sociedade inevitavelmente arreligiosa”, em todo caso, é possível perceber uma “tendência contrária” no rechaço que manifesta a sociedade diante de temas que tenham que ver com fé ou religião, nos que se devrá determinar “se se trata de um verdadeiro ‘verão’ ou apenas de uma simples ‘andorinha’, daquelas que não fazem um verão”, assinalou o Cardeal.
“Os cristãos –continuou o Cardeal– poderiam constituir-se em uma ‘minoria criativa’, que tenha o potencial de mudar a sociedade. Os cristãos não devem agir atemorizados, nem de maneira agressiva, senão mas bem ser uma minoria que contribua com criatividade”.
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Perguntado sobre o Islamismo, o Cardeal Schönborn disse que muitos muçulmanos consideram o Cristianismo como algo “decadente e sem futuro”, o que deve ser assumido pelos cristãos como um grande desafio.
Durante sua participação em um debate na quarta-feira passada no marco da Grande Conferencia do Islã em Viena, o Cardeal lamentou que os chefes de estado da União Européia não tenham contemplado nas negociações sobre a inclusão da Turquia, o tema da liberdade religiosa.