No dia 20 de fevereiro de 1822, aos 60 anos, madre Joana Angélica se pôs à frente do Convento da Lapa, em Salvador (BA), para impedir que soldados portugueses invadissem o local. Ontem, exatamente 200 anos depois, uma missa foi celebrada na Igreja Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na capital baiana, em memória dos dois séculos do martírio da religiosa.

O arcebispo primaz do Brasil, dom Sérgio da Rocha, celebrou a missa e falou sobre a importância da data em artigo publicado no portal da arquidiocese de Salvador. “Seu gesto corajoso merece ser considerado com maior atenção na narrativa histórica da Independência e na história da Igreja Católica na Bahia”, escreveu dom Sérgio.

Joana Angélica, em retrato de Domenico Failutti – Foto: Domínio Público

“Mulher forte e corajosa, ela não teve medo de enfrentar os soldados portugueses que invadiram o Convento da Lapa e sofrer a morte aos golpes de baioneta”, continuou ele. “Seu martírio ocorre em defesa não somente de um edifício religioso, mas do que ele representava: as irmãs que lá viviam, a vida consagrada, a fé em Cristo por elas professada e a Igreja que deveria ser sempre respeitada.”

 

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