2 de mar de 2024 às 05:00
Simplício foi o papa número 47 da Igreja Católica – sucessor de Hilário –, cujo pontificado durou de 468 a 483, durante o qual foi destituído o imperador Rômulo Augusto e marcou-se o fim do império romano do Ocidente.
Em tempos da heresia do monofitismo no século V – que acreditava unicamente na natureza divina de Jesus Cristo –, este santo defendeu sempre a autoridade da Santa Sé e a independência da Igreja Católica diante do poder político, sobretudo, porque os governantes bizantinos queriam unificar ambas as esferas.
Por exemplo, no ano 476, quando o usurpador Flávio Basilisco se apoderou do trono do imperador romano do Oriente, Zenão, e publicou um edito religioso que rechaçava o Concílio de Calcedônia (451) – o qual condenava a heresia do monofitismo –, o papa Simplício fez todos os esforços para manter o dogma católico e as definições deste último concílio.
Concretamente, são Simplício exortou a ser fiéis à verdadeira fé em suas cartas enviadas a alguns membros do clero, ao bispo de Constantinopla (Acácio) e ao próprio usurpador Flávio Basilisco.
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“Esta mesma norma de doutrina católica se mantém firmemente por seus sucessores (os de Pedro), a quem o Senhor confiou o cuidado de todo o rebanho de ovelhas, a quem prometeu não os deixar até o fim dos tempos”, disse o Papa Simplício em 10 de janeiro de 476.
O santo também exerceu um severo cuidado pastoral na Europa Ocidental, publicando decisões sobre questões eclesiásticas. Entre essas, nomeou o bispo de Sevilla como vigário papal na Espanha, de forma que os privilégios da Santa Sé puderam se exercer no próprio país.
Os contemporâneos do santo concordam que levou uma vida austera, de oração constante e mortificações. Morreu em 2 de março de 483.