Os sacerdotes da arquieparquia de Kiev-Galitzia, na Ucrânia, celebraram missa nos abrigos antiaéreos onde estão abrigados os fiéis locais.

Uma publicação da arquieparquia de Kiev com fotos de um padre celebrando uma missa em um abrigo antinuclear se tornou viral.

A publicação traz a mensagem: "A igreja está com seu povo. Os padres da arquieparquia de Kiev estão nos abrigos junto com os seus fiéis, servindo-os espiritual e socialmente!"

As imagens se tornaram virais depois que o arcebispo-mor de Kiev-Galitzia e primaz da Igreja greco-católica ucraniana, dom Sviatoslav Shevchuk, anunciou em uma mensagem de vídeo que devido à impossibilidade de os fiéis irem à Igreja em Kiev, os padres católicos iriam aos abrigos para celebrar a missa.

“Saudações de Kiev ucraniano! Hoje é domingo, 27 de fevereiro de 2022. Sobrevivemos a mais uma noite horrível. Chega o dia, chega a manhã. Depois da escuridão vem a luz, assim como depois da morte vem a ressurreição, que todos celebramos hoje radiantes”, disse o bispo.

O padre informou que “os moradores de Kiev não podem ir à igreja devido ao toque de recolher imposto pelo governo, que ordena que todos fiquem em casa devido à ameaça às suas vidas”.

“A Igreja virá ao povo”, disse dom Shevchuk. “Nossos padres descerão ao subsolo, descerão aos refúgios antibombas, e lá celebrarão a Divina Liturgia. A Igreja está com o seu povo!”.

“A Igreja de Cristo leva o Salvador Eucarístico para aqueles que estão passando por momentos críticos em suas vidas, que precisam da força e da esperança da ressurreição”, acrescentou.

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A Igreja greco-católica ucraniana, à qual pertencem 14,1% da população ucraniana, está em plena comunhão com Roma.

Na mensagem de vídeo, dom Sviatoslav Shevchuk agradeceu a todas as pessoas que defendem e ajudam a Ucrânia, ao governo, ao exército e especialmente ao Serviço Estatal de Emergências da Ucrânia, que está apagando "centenas de incêndios em toda a Ucrânia".

Também agradeceu as iniciativas de oração e ajuda dos bispos do mundo; e fez um chamado a continuar rezando pela Ucrânia, em particular, pediu aos fiéis que participem da missa, se confessem e recebam a comunhão pelos que não poderão fazer.

“Gostaria de pedir a todos aqueles que têm a oportunidade de ir à igreja: vão à Divina Liturgia! Hoje, vão para a confissão. Todos recebam a comunhão", disse e pediu para oferecer "a Sagrada Comunhão por nossos soldados".

“Hoje nossa vida está em suas mãos. Sacrificar-se pelos feridos, pelos desanimados, pelos refugiados que estão nas estradas durante esta guerra torcida na Ucrânia”, concluiu.

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