LAHORE, 16 de nov de 2005 às 20:07
Líderes cristãos no Paquistão exigiram ao Presidente Parvez Musharraf, que ordene uma investigação pública, alegando que a polícia local não agiu enquanto milhares de muçulmanos semearam terror na zona católica de Sangla Hill no passado 12 de novembro.
Segundo a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre, os líderes católicos e protestantes enviaram um “Memorando conjunto” ao mandatário, no qual acusam à polícia “por haver-se, deliberadamente, negado a cumprir com seu dever” logo depois de que três mil muçulmanos destruíram três Igrejas em Punjab e que forçassem 450 famílias a fugir da zona para proteger-se.
Os assinantes do documento, encabeçados pelo Presidente da Conferência dos Bispos Católicos do Paquistão e Arcebispo de Lahore, Dom Lawrence Saldanha, exigem a imediata suspensão dos policiais responsáveis da área de Sangla Hill, ao menos até que se anuncie a investigação pública.
O documento também informa que em 17 de novembro as escolas cristãs fecharão em todo o território do país em protesto contra os maus tratos para os cristãos locais.
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Na missiva, se exorta também a eliminar as chamadas leis de blasfêmia, que implicam até a pena de morte para quem pronunciar alguma afirmação contra Mahomé ou o Corão. Estas “leis de blasfêmia” levaram aos muçulmanos a “fazer justiça” por suas própria mãos e “emitir sentença” embora os acusados não tenham sido processados e culpados.
O memorando também está assinado pelo Exército de Salvação e o Conselho Nacional de Igrejas. Do mesmo modo, nele se adverte que “de não tomar-se ações ao respeito” o fechamento das escolas “será seguido por outras formas de protesto”.