BRASILIA, 13 de mar de 2022 às 08:00
Hoje, 13 de março, faz 9 anos desde que o arcebispo de Buenos Aires (Argentina), o então cardeal Jorge Mario Bergoglio, foi eleito sucessor de são Pedro, tornando-se assim o primeiro papa latino-americano e jesuíta.
Antes da eleição, os cardeais já tinham concordado que independente de quem fosse eleito, deveria começar uma profunda reforma na cúria romana. Nestes anos, Francisco demonstrou ser o papa para estes tempos e segue chamando a atenção de muitos, dentro e fora da Igreja, por sua simplicidade, desprendimento, audácia e proximidade.
Após um mês de sua eleição, Francisco criou um conselho para a reforma institucional da cúria, do qual participam cardeais de sua confiança, grupo conhecido como C9.
Uma das tarefas nas quais o papa mais se comprometeu para garantir a transparência financeira do Vaticano é a reforma econômica dos distintos órgãos da cúria. Criou o conselho e a secretaria de Economia.
Nestes anos, o papa realizou viagens apostólicas à Ásia, América, África e Europa.
Talvez a viagem mais impactante que tenha sido a que realizou às Filipinas e ao Sri Lanka em janeiro de 2015. O papa celebrou uma missa em Manila diante de mais de seis milhões de pessoas, um evento que ficará na história como a Eucaristia que reuniu o maior número de pessoas no mundo.
Em abril de 2015, convocou oficialmente o Jubileu Extraordinário da Misericórdia para que a Igreja colocasse em mais evidência sua missão de ser testemunho da misericórdia e “sejamos misericordiosos como o Pai”.
O Ano Santo começou com a abertura da porta santa na basílica vaticana durante a Solenidade da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro.
No mês de outubro daquele ano, o papa Francisco participou do Sínodo dos Bispos sobre a Família, uma reunião mundial de representantes da Igreja em todo o todo para debater sobre os diversos desafios atuais da instituição familiar.
Ao término do Sínodo, reafirmou-se a doutrina católica sobre o matrimônio, sua indissolubilidade; e ressaltou-se a beleza da família e do plano de Deus para ela. Também foi falado sobre a situação dos divorciados em nova união.
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Em 2016, papa Francisco realizou em Havana (Cuba) um encontro privado e assinou uma declaração conjunta com o patriarca ortodoxo Kirill de Moscou e de toda a Rússia. Este encontro foi o primeiro na história entre um papa e o líder dos ortodoxos russos.
Imediatamente depois, chegou ao México para uma visita apostólica de 12 a 17 de fevereiro. Segundo as cifras divulgadas pela Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), no total, mais de 10,5 milhões de pessoas participaram das atividades do papa.
Em julho do mesmo ano, participou da XXXI Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu entre 27 e 31 de julho, em Cracóvia, na Polônia. Foi a segunda JMJ de seu pontificado, depois da realizada no Rio de Janeiro em 2013, onde mais de 3 milhões de jovens celebraram a fé com o Santo Padre.
Também pôde visitar o campo de concentração de Auschwitz, como Bento XVI fez em 2006, e o Santuário Mariano de Czestochowa.
Depois, em um missa multidudinária celebrada em 4 de setembro na Praça de São Pedro no Vaticano, da qual estima-se que participaram cerca de 120 mil pessoas, o Papa Francisco canonizou santa Teresa de Calcutá.
Em 16 de outubro, o papa Francisco canonizou sete novos santos no Vaticano, entre os quais o menino mexicano José Sánchez del Río, mártir da guerra cristera, e o sacerdote argentino José Gabriel del Rosario Brochero.
Em 2017, visitou o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, por ocasião do centenário das aparições da Virgem na Cova da Iria, e canonizou dois dos pastorinhos, santa Jacinta e são Francisco Marto.
Em 2018, voltou à América Latina, para uma visita apostólica ao Chile e Peru, de 15 a 21 de janeiro. Entre as demais viagens internacionais que realizou neste mesmo anos esteve a peregrinação ecumênica à Genebra (Suíça), em 21 de junho; a viagem apostólica à Irlanda por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, em 25 e 26 de agosto; e a viagem à Lituânia, Letônia e Estônia, de 22 a 25 de setembro.
Neste mesmo ano, presidiu o Sínodo dos Bispos sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, realizado de 3 a 28 de outubro. No marco deste sínodo, canonizou em 14 de outubro sete novos santos, entre os quais são Paulo VI e são Óscar Arnulfo Romero.
Já no ano de 2019, o papa se encontrou novamente com os jovens do mundo durante a Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu de 13 a 28 de janeiro, no Panamá, com o tema "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra".
O papa Francisco também realizou uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, tornando-se o primeiro Pontífice a visitar o país. Nesta visita, assinou com o Grão-Imã de Al-Azhar uma "Declaração Comum sobre a Fraternidade Humana”.
Participou também no Vaticano do encontro com todos os presidentes das Conferências Episcopais do mundo para falar sobre a prevenção dos abusos contra menores e adultos vulneráveis.
Além disso, em outubro de 2019, realizou a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-amazônica, que culminou com a publicação no ano de 2020 da exortação apostólica "Querida Amazônia". Outra publicação do papa no ano passado foi a carta encíclica Fratelli tutti, sobre a fraternidade e a amizade social.
E, em um ano marcado pela pandemia de Covid-19 e pela quarentena, o papa Francisco protagonizou um fato histórico para a Igreja Católica em 2020, quando, em uma Praça de São Pedro vazia e em meio à chuva, no dia 27 de março, presidiu um momento extraordinário de oração devido à pandemia de coronavírus, no qual concedeu a bênção Urbi et Orbi a Roma e ao mundo.
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Papa Francisco soube que seria bispo em 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima https://t.co/gyZ7Jjrvq3
— ACI Digital (@acidigital) 13 de maio de 2017