O Secretário Geral e porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Padre Juan Antonio Martínez Camino, esclareceu que o dinheiro que a Igreja recebe dos contribuintes espanhóis não é uma "concessão do Estado".

"É algo combinado que se baseia na atribuição livre e voluntária daqueles cidadãos que querem contribuir com a Igreja Católica descontando de sua declaração pessoal de Renda", explicou.

Do mesmo modo, reiterou que os "só os cidadãos, católicos ou não católicos, que consideram que querem cooperar com a Igreja Católica, de maneira que possa levar adiante sua missão o fazem, e o Estado se encarrega de lhes proporcionar uma forma para essa contribuição voluntária que é um modo de auto-sustento da Igreja".

O sacerdote precisou que o complemento que contribui o Estado tem a finalidade de reajustar os cálculos das porcentagens estabelecidas pelo Governo socialista "unilateralmente". Não se trata de "uma situação de privilégio" mas sim responde "a uma realidade e uma demanda social que está apoiada na contribuição voluntária e livre", insistiu.

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Nesta semana, autoridades do Executivo anunciaram sua intenção de reduzir os contribuições que a Igreja recebe através da decisão livre dos cidadãos que atualmente destinam uma percentagem de seus impostos.

A Vice-presidenta do Governo espanhol, Maria Teresa Fernández de la Vega, disse que "está chegando a um ponto em que as contribuições (à Igreja) já não podem aumentar e terão que diminuir" porque, conforme disse, não cumpriu seu "objetivo de auto-financiamento".

Igualmente, o secretário geral do PSOE de Almería, Martín Soler, assinalou que a Executiva provincial do partida pedirá ao Governo de José Luis Rodríguez Zapatero, "que anule as ajudas econômicas à Igreja Católica" já que "não queremos que o Governo, com dinheiro público, financie uma Igreja que se dedica a perseguir, a fazer política e a não cumprir com o Evangelho".