VIENA, 18 de nov de 2005 às 13:40
O Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, chamou ao diálogo entre as religiões mas esclareceu que a Igreja "não pode deixar de ser missionária sem trair-se a si mesmo".Durante a conferência internacional "O Islã em um mundo pluralista", o Cardeal recordou que "o Cristianismo e o Islã são claramente religiões missionárias", por isso explicou que o tema do diálogo e a missão é delicado.
"É realmente possível o diálogo entre religiões missionárias?", perguntou o Cardeal Schönborn, ao assinalar que "com freqüência o diálogo é interpretado como missão, mas em realidade, ou há diálogo, ou há missão".
Nesse sentido, advertiu o risco de que o diálogo seja visto "como um período estratégico no marco de uma estratégia global".
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"Por acaso nos grandes representantes (de ambas as religiões) não vai estar sempre o desejo íntimo de convencer o outro? Não é compreensível que cada um creia que sua própria religião é a melhor?", perguntou.
O Arcebispo indicou que é necessário abordar e esclarecer esta questão "essencial" e reconhecer que existem diversas respostas de até que ponto se justifica utilizar meios políticos, militares e econômicos para alcançar os objetivos da missão.
Neste evento também participaram líderes religiosos muçulmanos, judeus, assim como de outras denominações cristãs.