JERUSALÉM, 25 de mar de 2022 às 15:43
Há um acontecimento na história da Igreja que dá a oportunidade aos fiéis de todo o mundo de se unirem pela mesma causa: ajudar os cristãos do Oriente Médio e da Terra Santa, a terra de Jesus.
Desde 1974, quando o papa são Paulo VI determinou que os católicos de todo o mundo oferecessem ajuda aos fiéis da região, todas as Sextas-Feiras Santas se faz a “Coleta para a Terra Santa”.
Neste 15 de abril, Sexta-feira da Paixão, paróquias de todo o mundo se tornarão porta-vozes do sofrimento e da necessidade desses cristãos, muitos deles perseguidos por causa da fé.
Por isso, e talvez agora mais do que nunca, é necessário que os católicos ajudem, tanto por meio da oração como de pequenas doações, para que esses cristãos possam continuar com sua missão de filhos de Deus.
O cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, publicou uma carta ontem (24), pedindo aos fiéis de todo o mundo que voltem o olhar para a terra de Jesus.
O cardeal disse que este gesto “consente aos nossos irmãos e irmãs de continuar a viver e a esperar, a oferecer um testemunho vivente do Verbo feito carne nos Lugares e pelas estradas que viram a Sua presença”.
O cardeal lamentou que, devido ao temor da pandemia, "por dois anos consecutivos os cristãos da Terra Santa celebraram a Páscoa e o Natal numa espécie de isolamento, sem o calor e a amizade solidária dos peregrinos que visitam os Lugares Santos e as comunidades locais".
“As famílias sofreram outras medidas pela falta de trabalho mais que pelos efeitos imediatos da epidemia.”, disse ele na carta.
O cardeal Leonardo Sandri explicou também que esta coleta responde ao "expresso desejo dos pontífices romanos" e, além disso, "não é nada de antigo ou ultrapassado, porque essa exprime antes de mais a consciência das nossas raízes que se encontram no anúncio da redenção que se difundiu a partir de Jerusalém e chegou a todos nós”.
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Junto com a carta do cardeal, a Santa Sé publicou um relatório informando a quantia exata de dinheiro recebida pela Congregação para as Igrejas Orientais.
Na Sexta-feira Santa de 2021, marcada pela pandemia, a Coleta para a Terra Santa arrecadou um total de US$ 6.062.789.00, cerca de US$ 3 milhões a menos do que em 2020.
Desse total, a Custódia da Terra Santa, órgão responsável pela guarda dos Lugares Santos e pela promoção da presença dos cristãos na Terra Santa, recebeu 65% da arrecadação.
Da Congregação para as Igrejas Orientais, os 35% restantes destinaram-se à formação dos candidatos ao sacerdócio (também em Roma), ao sustento do clero, às atividades escolares, à formação cultural e aos subsídios às diversas circunscrições eclesiásticas do Oriente Médio.
Os territórios do Oriente Médio que se beneficiam da Coleta são Jerusalém, Israel, Jordânia, Chipre, Síria, Líbano, Egito, Etiópia, Eritreia, Turquia, Irã e Iraque, onde a Congregação dá atenção especial às necessidades das pessoas em situação de risco.
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— ACI Digital (@acidigital) December 17, 2021