A associação italiana Pro Vida & Famiglia (Pró-vida e Família) reuniu mais de 12,5 mil assinaturas contra o beijo entre duas personagens femininas no filme de animação Buzz Lightyear, da Disney.

"Milhares de pais estão incomodados que a Disney, após pressão de poderosos lobbies gays e transgêneros americanos, inseriu um beijo gay explícito no filme de animação 'Lightyear’, que conta a história do famoso personagem de Toy Story e que chegará aos cinemas em junho", disse uma nota da associação italiana publicada em 28 de março.

"A Pro Vita & Famiglia já recolheu, em poucos dias, mais de 12 mil assinaturas, que continuam a aumentar, e que serão enviadas ao chefe da Disney na Itália, Daniel Frigo", acrescentou o texto.

‘Lightyear’ é um spin off de Toy Story e conta a história da origem de Buzz Lighytear, personagem de destaque da animação. Originalmente, o beijo lésbico havia sido retirado pela Pixar e pela Disney, mas devido às reivindicações de alguns trabalhadores, optou-por mantê-lo.

O beijo protagonizado pela personagem feminina de Hawthorne no filme foi comentado pela revista americana Variety no dia 18 de março. A publicação destacava que funcionários da Pixar e Disney defendiam que a censura é aplicada ‘sistematicamente’ e que acreditam que essa não seria a última vez que a enfrentariam.

Em meio à controvérsia, o CEO da Disney, Bob Chapek, pediu desculpas aos funcionários de sua empresa por seu silêncio sobre a lei de ‘Direitos dos Pais na Educação’, da Flórida, conhecida pelos críticos como ‘Não diga gay’ (Don’t say gay’) e se ofereceu para doar US$ 5 milhões ao lobby LGBT.

A lei proíbe a doutrinação de crianças nas escolas com ideologia de gênero ou abordagem de gênero, corrente que considera que o sexo de cada pessoa é uma questão sociocultural ou de autopercepção, e não biológica.

Ron DeSantis, governador da Flórida, assinou a lei na segunda-feira, 28 de março, e disse: “Continuaremos reconhecendo que, no estado da Flórida, os pais têm um papel fundamental na educação, saúde e bem-estar de seus filhos.”

“Não vamos mudar isso. Não estou interessado no que diz a grande mídia, no que diz Hollywood, não estou interessado no que dizem as grandes corporações. Estou aqui e não vou recuar".

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Em sua nota, a Pro Vita & Famiglia especificou que querem “informar à empresa americana o descontentamento de milhares de pais, que não ficam calados diante da estratégia LGBT que quer doutrinar seus filhos.”

"Acreditamos que não é correto usar desenhos animados para influenciar a mentalidade das crianças com argumentos que podem traumatizá-las e confundi-las", disse Jacopo Coghe, porta-voz da organização.

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