A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento com orientações sobre a prática do aborto recomendando que seja despenalizado, pois o considera “fundamental para a saúde de mulheres e meninas”.

O organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) defende eliminar qualquer obstáculo ao acesso ao aborto. Isso inclui a objeção de consciência pelos profissionais de saúde envolvidos, períodos de espera obrigatórios antes do aborto ou a necessidade de autorização de outras pessoas. O objetivo é a descriminalização total do aborto, sem limite de idade gestacional, em todos os países.

O Observatório de Bioética da Universidade Católica de Valência (UCV) publicou uma avaliação das recomendações da OMS. "É difícil explicar que a Organização Mundial da Saúde, organização internacional líder no estabelecimento de políticas destinadas a preservar e promover a saúde da população, defenda inequivocamente o extermínio da população mais vulnerável - os nascituros - através do aborto sem limites”, disse o observatório. ‘Defende-o e promove-o subordinando a concessão de ajudas à aceitação dos seus postulados contra a vida”.

Para os bioeticistas do observatório, “a saúde, que o organismo deve defender, não é possível sem vida. Os nascituros também têm direito à saúde, portanto, antes de tudo, têm direito à vida. E não apenas alguns: todos têm o mesmo direito de ter sua saúde preservada igual o restante da população. Como é possível apoiar políticas de promoção da saúde com uma mão e usar a outra em procedimentos homicidas dirigidos contra os mais frágeis, os mais indefesos?”

“Abortar não promove a saúde. Em nenhum caso. O aborto, além de acabar com a vida do nascituro, que é o extremo oposto da promoção de sua saúde, prejudica a saúde da mulher que aborta”, afirma a UCV.

Porque “a incidência de transtornos pós-aborto tem sido evidenciada por inúmeros estudos, principalmente quando o aborto é repetido. Mesmo em mulheres adolescentes, o aborto não contribui para a promoção da sua saúde, muito pelo contrário, como mostram outros trabalhos”, destacam.

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“Embora no início da defesa do aborto e de seus procedimentos legais tenha sido evocada a necessidade de evitar que crianças gravemente doentes nasçam ou suas mães sejam expostas a gestações de alto risco, hoje a própria OMS quer estender o aborto a todo o período da gravidez, a todos os casos, sem limites, com ajudas, sem que os profissionais de saúde possam opor-se em consciência”.

E concluem que “a OMS está doente. Está gravemente doente quem deve velar pela saúde. E o problema é que é uma doença contagiosa contra a qual devemos nos proteger dizendo a verdade, mostrando a evidência e defendendo os mais frágeis”.

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