WASHINGTON DC, 21 de nov de 2005 às 13:49
A liberdade religiosa deve ser uma prioridade na agenda internacional dos Estados Unidos, afirmou o Bispo de Las Cruces, Dom Ricardo Ramírez, em representação da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) ante o Sub-comitê para a África, Direitos humanos e Relações Internacionais do Parlamento americano.
“Desde a perspectiva do ensinamento católico, a liberdade religiosa é a primeira das nossas liberdades”, precisou o Prelado, membro do Comitê de Política Internacional da USCCB. “A liberdade religiosa cobre uma ampla gama de atividades vitais: Desde a liberdade de culto até a liberdade de consciência, do direito a estabelecer escolas e obras de caridade até o direito a participar dos assuntos públicos”, adicionou.
Para o Bispo, existem “dois grandes desafios” para a liberdade religiosa: “O lugar adequado da religião na vida pública e as relações do cristianismo com o Islã”.
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“Este (segundo) desafio requer uma atenta e profunda reflexão, diálogo respeitoso e conversações amigáveis. O diálogo autêntico não pode ser somente uma vaga expressão de boa vontade, vazia na busca de verdade e unidade”, explicou Dom Ramírez.
O Bispo de Las Cruces também comentou os esforços do Iraque por gerar uma democracia estável, mas expressou sua preocupação pela nova Constituição iraquiana. “Embora a Constituição promove o conceito de liberdade religiosa, alguns artigos a definem como o fato de não permitir que nenhuma lei contradiga os princípios do Islã”, particularizou.
O Prelado também se referiu aos vergonhosos ataques contra os cristãos na Índia, Paquistão e Bangladesh. Para o Bispo, esta violência é um indicador “do muito que pode ser feito para insistir que cada um destes estados atue de acordo às leis internacionais e com maior respeito dos direitos religiosos”.