MADRI, 5 de abr de 2022 às 10:57
O restaurante espanhol Mugaritz lançou na semana passada o prato "cozido mimesis", que lembra um bebê aos três meses de gestação, cercado por um gel que dá a impressão de ser o líquido amniótico que envolve o bebê no útero. Comandado pelo chefe Andoni Luis Aduriz, o Mugaritz tem das estrelas do guia Michelin, o mais respeitado guia de restaurantes do mundo.
Uma amêndoa faz as vezes da cabbeçoa do bebê, e, por ser uma ruta crocante, estala ao ser mordida, simulando o que poderia ser o som de um crâneo sendo partido.
A representação do feto de três meses também é feita com um caldo de grão de bico com suco de avelã, e com caviar simulando mecônio, a primeira evacuação de um bebê. O prato "não precisa agradar a todos", disse Aduriz à Efe.
AVISO: A imagem pode ferir a sensibilidade do leitor
No seu site, Mugaritz disse que "gostamos de alimentar a mente alimentando a curiosidade, os sentidos ou o desejo, procuramos saciar a fome de risco, de brincadeira ou de respostas e o prazer de nos surpreender, de descobrir e explorar o desconhecido".
“Para isso, questionamos a lógica do mundo culinário, repensando normas sociais e preconceitos. Procuramos criar um contexto para exercer a liberdade sensorial para poder superar a imposição dos costumes”, acrescentou.
?️⁉️Versión del cocido con una mímesis de un embrión humano de tres meses ⁉️ ¿De verdad? ‼️Que salvajada es esto⁉️
— Rocío López Real (@RocioLopezReal) April 3, 2022
✅Cocina de autor = reflejo de una sociedad enferma. https://t.co/NC3sgT5xTR@hipatia20s @Ari_Arifu2 @timodelpino @sallelorier @aflorrick77 @crixiglesias pic.twitter.com/mXejv6jkLW
“É lamentável o que fez o restaurante Mugaritz. Um prato em forma de embrião humano com uma amêndoa como cabeça. É a perda total da humanidade. Demoníaco", diz em sua conta no Twitter Francisco Javier "Patxi" Bronchalo, padre da diocese espanhola de Getafe.
A organização peruana Marcha pela Vida, ao falar sobre o prato do Mugaritz, perguntou: “Você comeria um bebê abortado? É a isso que chegamos ao desvalorizar a vida desde a concepção.”
"Não bastou matar o bebê no ventre, agora propõem comê-lo, maquiado com o nome de criatividade’”, disse.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Antonio Orti Huelin comentou que “vão de aberração em aberração e o objetivo é claro. Mas não o conseguirão. Não comigo, é claro."
Mugaritz é também o restaurante escolhido pela Netflix para apresentar um guia que mostra a riqueza e diversidade cultural, artística e patrimonial da Espanha, em colaboração com a Turespaña, empresa do governo espanhol que promove o turismo no país.
A iniciativa foi apresentada na semana passada pela vice-presidente de conteúdo global da Netflix, Bela Bajaria; e o Ministro da Indústria da Espanha, Reyes Maroto.
Para o jornal Hispanidad, o prato de Mugaritz, que ocupa o 14º lugar entre os 50 melhores restaurantes do mundo (50 best), é “mais um passo no processo de barbárie e selvageria no mundo contemporâneo. Normaliza comer um feto, normaliza o canibalismo, o aborto e o infanticídio".
Na opinião de José García, o “cozido mimesis” é “criminoso. Volta ao passado. Na época dos astecas, onde a carne de bebê humano era vendida em açougues, de povos inimigos, é claro”.
Pablo Hertfelder, do Instituto de Política Social da Espanha, disse que é "intolerável que o restaurante @Mugaritz coloque em seu cardápio um prato chamado 'Cozido mimesis de um embrião humano de três meses'. Não é um insulto grave contra as mais de 99.149 crianças abortadas por ano na Espanha?
Hertfelder incentivou a pedir a Aduriz que retire o prato de Mugaritz e “peça perdão publicamente” neste link https://www.ipsenacional.es/exige-eliminen-de-su-carta-plato-embrion-tres-meses.
Confira também:
Polícia encontra restos de bebês abortados em casa de ativista pró-vida dos EUA https://t.co/amZfmPGzhz
— ACI Digital (@acidigital) April 4, 2022