A Amazon anunciou que cobrirá até 4 mil dólares das despesas de viagem de seus funcionários que forem para outro estado nos EUA para fazer procedimentos médicos que não representem risco de vida, incluindo aborto.

“Se os americanos pró-vida precisam de outro motivo para parar de usar a Amazon, aqui está um: a empresa está dando dinheiro aos funcionários para abortar seus bebês”, escreveu o site pró-vida americano Life News em 2 de maio.

Segundo a agência de notícias Reuters, a política dos 4 mil dólares será aplicada a qualquer "tratamento" que não esteja disponível em um raio de 161 quilômetros da casa do funcionário e que não possa ser feito através de atendimento virtual. Está aberto a funcionários americanos ou dependentes cobertos pelos planos de saúde Aetna ou Premera e tem efeito retroativo a partir de 1º de janeiro.

A ativista pró-vida e presidente da Culture of Life Africa, Obianuju Ekeocha, criticou a ação da Amazon em sua conta no Twitter: "Sim, a única coisa que os ricos estão ansiosos para fazer pelos pobres é pagá-los para matar seus bebês", disse.

A presidente da plataforma pró-vida Live Action, Lila Rose, também criticou a política, afirmando que é uma forma para a Amazon deixar de pagar a licença maternidade.

Rose disse que o anúncio da Amazon é o maior insulto "que qualquer chefe pode dar a seus funcionários: 'Eu vou literalmente pagar 4k para você matar seu filho, para não ter que pagar licença maternidade e para que você possa trabalhar horas extras para mim'. Incrivelmente grotesco, Jeff Bezos [dono da Amazon]”.

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A Amazon, a segunda maior empresa dos EUA segundo a revista Fortune, junta-se a outras empresas como Citigroup, Apple, Yelp ou Levi Strauss que dão dinheiro a funcionários que querem abortar.

O anúncio dos novos incentivos da Amazon ocorre em meio à possível anulação da decisão da Suprema Corte em Roe x Wade, que legalizou o aborto nos EUA. Se a decisão judicial for favorável, mais de uma dúzia de estados imediatamente tornariam o aborto ilegal.

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