O papa Francisco recebeu hoje (6) os participantes da sessão plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos no Palácio Apostólico, no Vaticano. Ele falou aos cardeais e religiosos sobre a guerra na Ucrânia e disse que este conflito “tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro”.

Segundo o papa, a guerra na Ucrânia “não pode deixar de questionar a consciência de cada cristão e de cada Igreja”.  “O anúncio do Evangelho da paz, o Evangelho que desarma os corações mesmo antes dos exércitos, só terá mais credibilidade se for proclamado pelos cristãos finalmente reconciliados em Jesus, Príncipe da Paz", disse.

Os efeitos da pandemia

O papa Francisco recordou que este encontro teve de ser adiado devido à covid e disse que embora a pandemia “tenha condicionado fortemente as atividades ecumênicas”, foi também “uma oportunidade para fortalecer e renovar as relações entre os cristãos”.

Para o papa Francisco, a pandemia criou uma “consciência renovada de que todos nós pertencemos à única família cristã, uma consciência enraizada na experiência de compartilhar a mesma fragilidade e poder confiar somente na ajuda de Deus”.

“Paradoxalmente, a pandemia, que nos obrigou a manter distância uns dos outros, nos fez perceber o quanto estamos realmente próximos uns dos outros e o quanto somos responsáveis uns pelos outros”, defendeu.

O papa então alertou sobre a autossuficiência, “um sério obstáculo ao ecumenismo”.

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O caminho sinodal

Falando sobre os 1700 anos do primeiro Concílio de Niceia, que será celebrado em 2025 e coincide com o Ano Jubilar, o papa desejou "que a celebração do próximo Jubileu tenha uma dimensão ecumênica relevante".

Por fim, o papa pediu aos presentes que busquem “o modo de escutar, durante o atual processo sinodal da Igreja católica, também as vozes dos irmãos e irmãs de outras confissões sobre as questões que desafiam a fé e a diaconia no mundo de hoje”.

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