VATICANO, 23 de nov de 2005 às 15:03
O Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom John Foley, pediu aos cineastas de todo o mundo pôr esta arte "a serviço do ser humano, para guiá-lo a uma compreensão espiritual da própria existência".O Arcebispo inaugurou ontem o 9º Congresso Internacional sobre Cinema e Espiritualidade, que se celebra na Universidade "Roma Tre".
Segundo o Prelado, "os grandes diretores de cinema sabem contar as histórias de homens e mulheres de todas as épocas e culturas aos homens e mulheres de hoje, recorrendo a experiências pessoais de grande intensidade".
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Também destacou que "o cinema percorreu mais de cem anos, mas continua nos surpreendendo e nos fazendo refletir através da arte magistral de todos aqueles autores que quiseram compartilhar sua experiência espiritual com o espectador".
Referindo-se ao tema desta edição, "A tentação de crer", o Arcebispo explicou que abandonar-se a ela "significa encaminhar-se para a difícil busca da verdade, em um mundo como o atual no qual se passa da indiferença religiosa ao extremismo religioso; significa responder a Deus, apesar de que a incredulidade humana nunca desaparecerá; significa fazer um ato de valentia, um salto de qualidade a nível existencial".
Também lembrou que "a tentação de crer" em algumas produções cinematográficas "deu vida a um diálogo entre o ser humano e Deus, capaz de suscitar no espectador profundos momentos de reflexão, que o levam a confrontar-se com sua identidade mais íntima e com seu próximo".