A Tesla, do magnata Elon Musk, é apontada como mais uma grande empresa disposta a pagar as despesas de funcionárias que viajem para fazer aborto. Com a possibilidade de a Suprema Corte dos EUA revogar a decisão Roe x Wade que, em 1973, liberou o aborto no país, pelo menos 26 dos 50 Estados dos EUA devem restringir prática. Empresas como Amazon e Starbucks já anunciaram que pagarão as despesas de funcionárias que decidam fazer abortos fora de seus Estados.

Em 2 de maio último, o site americano POLITICO vazou um rascunho de parecer de maioria de cinco juízes da Suprema Corte Federal, que indica a anulação da sentença Roe x Wade.

Em seu Relatório de Impacto 2021, a Tesla fala da oferta aos seus trabalhadores “de um programa de uma ampla rede de seguros de saúde que inclui apoio a viagens e alojamento para quem possa precisar buscar serviços de saúde que não estejam disponíveis nos Estados onde moram”.

Em 17 de maio, a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, perguntou à Tesla se esse “apoio” inclui aborto. Até a publicação desta notícia, não houve resposta da empresa.

A Tesla ocupa o 100º lugar na lista Fortune 500, que lista as 500 empresas americanas com os maiores lucros do ano.

Numa carta publicada em 16 de maio, Sara Kelly, vice-presidente executiva interina de recursos para funcionários da Starbucks, disse que a empresa está preocupada com a possibilidade de a Suprema Corte anular a decisão Roe x Wade.

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Em sua mensagem aos funcionários da Starbucks, Kelly ofereceu cobertura para "cuidados de saúde de qualidade", incluindo aborto.

Embora não tenha especificado um valor limite, a Starbucks se juntou a outras empresas, como a Amazon, que prometeu cobrir até US$ 4 mil para as despesas de seus trabalhadores que viajarem para outros Estados para fazer um aborto.

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