Vaticano, 3 de jun de 2022 às 09:29
Hoje (3), o papa Francisco se reuniu no Vaticano com uma delegação de jovens padres e monges das Igrejas Ortodoxas Orientais. Dirigindo-se aos presentes, Francisco disse que “a unidade é um dom, um fogo que vem do alto. Devemos rezar constantemente, trabalhar, dialogar e nos preparar para receber esta graça extraordinária”.
O papa afirmou que “é oportuno” que essa “visita ocorra na vigília da solenidade de Pentecostes, que, segundo o calendário latino, será celebrada no próximo domingo”.
Francisco disse que "a realização da unidade não é primariamente um fruto da terra, mas do Céu; não é nem mesmo o resultado de nossos esforços e acordos, mas da ação do Espírito Santo, a quem devemos abrir nossos corações com confiança para que nos conduza pelos caminhos da plena comunhão. A unidade é uma graça, um dom”.
Partindo desta ideia, o papa Francisco defendeu que a unidade também é harmonia. “A unidade não é uniformidade, muito menos o fruto de um compromisso ou de frágeis equilíbrios diplomáticos de poder”.
“A unidade é harmonia na diversidade dos carismas despertados pelo Espírito. Porque o Espírito Santo ama despertar tanto a multiplicidade quanto a unidade, como em Pentecostes, onde as diferentes línguas não foram reduzidas a uma só, mas assimiladas em sua pluralidade”, disse o papa.
Além disso, assegurou que “a unidade é um caminho” e que “não é um projeto a ser escrito, não é feito na imobilidade, mas no movimento, no novo dinamismo que o Espírito, a partir de Pentecostes, transmite aos discípulos”.
Por fim, o papa Francisco disse que “a unidade não é simplesmente um fim em si mesma, mas está intimamente ligada à fecundidade do anúncio cristão: a unidade é para a missão”.
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“Hoje o mundo ainda está esperando, mesmo sem saber, para aprender sobre o Evangelho da caridade, da liberdade e da paz que somos chamados a testemunhar juntos, não uns contra os outros ou longe uns dos outros”, disse o papa.
Francisco agradeceu aos presentes pelo seu testemunho e “por todas as sementes de amor e espalhadas, em nome do Crucificado Ressuscitado, nas várias regiões ainda marcadas, infelizmente, pela violência e pelos conflitos muitas vezes esquecidos”.
“Que a cruz de Cristo seja a bússola que nos orienta no caminho da plena unidade. Porque naquela cruz Cristo, nossa paz, nos reconciliou e nos reuniu num só povo”.
“E por isso coloco idealmente nos braços da cruz, no altar da unidade, as palavras que queria compartilhar com vocês, quase como quatro pontos cardeais de plena comunhão, que é dom, harmonia, caminho, missão”, concluiu o papa.
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