Cidade do México, 3 de jun de 2022 às 14:51
O Congresso de Baixa Califórnia Sul (México) aprovou na quinta-feira (2) a despenalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. O grupo pró-vida Frente Nacional para a Família classificou a medida como “macabra”.
Segundo Infobae, o Congresso votou a favor da reforma do Código Penal para a despenalização do aborto, com 16 votos a favor e três contra. Baixa Califórnia Sul se torna o nono Estado onde o aborto é descriminalizado.
A maioria dos votos veio do partido Morena, do atual presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
“Busca-se fazer com que o Código deixe de criminalizar e punir as mulheres que abortam por decisão pessoal e livre e busca garantir que seja seguro e gratuito para salvaguardar sua integridade e saúde”, diz um comunicado do Congresso de Baixa Califórnia Sul.
A norma entrará em vigor no dia seguinte à sua publicação no diário oficial local.
Em sua conta no Twitter, a Frente Nacional da Família lamentou “que a maioria do MORENA e aliados” no Congresso de Baixa Califórnia Sul, “sem consultar o povo, legalize o aborto”. “Convertem o crime em direito e se tornam, rapidamente, assassinos entusiastas dos mexicanos mais vulneráveis".
Macabro que la mayoría de MORENA y aliados en el @BcsCongreso de Baja California Sur, sin consultar al pueblo, legalicen el aborto. Convierten al crimen en derecho y se convierten, con prisa, en sicarios entusiastas de los mexicanos más vulnerables. #BCSEsProVida pic.twitter.com/UR1WFCsx0P
— Frente Nacional por la Familia (@FNxFamilia) June 2, 2022
O diretor do ConParticipación, Marcial Padilla, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, que "chama a atenção como em mais um estado do México, em vez de atender às necessidades das mulheres que estão pensando em fazer um aborto, a única coisa que os deputados sabem dar a elas é o aborto”.
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“O aborto não vai resolver nenhum dos problemas que a levaram a abortar. Além disso, provavelmente a afundaram em ainda mais problemas, porque não apenas a deixam sozinha em suas necessidades, mas também a tornam uma vítima e uma carrasca”, disse.
Padilla também encorajou a reação cidadã frente à tragédia do aborto.
“Os cidadãos devem reagir. Não podemos demorar mais. Devemos ter governantes e juízes que protejam igualmente a mãe e a criança. Não devemos ter meias posições em relação ao aborto”.
Para concluir, Padilla disse à ACI Prensa que “a vida humana, antes e depois do nascimento, não pode ser discriminada. Devemos protegê-la e encontrar soluções já”.
Colaborou com esta matéria David Ramos, Editor-Chefe de ACI Prensa
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— ACI Digital (@acidigital) June 1, 2022