O padre jesuíta americano James Martin escreveu no Twitter, em 14 de junho, que o mês do Sagrado Coração, uma de suas “devoções favoritas, e o #PrideMonth (Mês do Orgulho homossexual) são celebrados em junho. E são complementares e não contraditórios. Uma nos mostra como Jesus nos ama e a outra nos mostra quem Jesus nos chama a amar”.

Em 2 de junho, o padre jesuíta nomeado em 2017 pelo papa Francisco consultor da secretaria de comunicação da Santa Sé, já havia dito no Twitter que um católico pode celebrar o “orgulho” gay em junho, mês em que a Igreja católica celebra o Sagrado Coração de Jesus.

A este respeito, padre Francisco Javier "Patxi" Bronchalo, da diocese espanhola de Getafe, publicou um "tópico" no Twitter hoje (15), no qual diz que embora "o Sagrado Coração nos fale sobre como Jesus nos ama”, não significa que seja complementar ao “orgulho” gay ou LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros).

O padre da diocese de Getafe, onde em 2019 foi renovada a consagração centenária da Espanha ao Sagrado Coração de Jesus, explicou que isso “nos mostra que o coração de Deus se deixou ferir para nos salvar. Por amor é um coração misericordioso que está sempre esperando para perdoar as nossas infidelidades. Nós somos pecadores. Todos. Eu não sou melhor do que ninguém. Eu preciso de Deus".

Bronchalo falou que de conversas com muitas pessoas, ele pode deduzir que "na festa do orgulho há muitas pessoas muito quebradas, pessoas com feridas muito profundas", que seus desfiles são "um autêntico mercado de carne" e que muitos acabam “mais quebrados do que no início”.

“Triste ler um padre dizer que a festa do orgulho LGBT nos ensina algo sobre como Jesus ama, assim como o Sagrado Coração”.

“Jesus veio com misericórdia para chamar aqueles de nós que somos pobres e pecadores para abrir um caminho para nós. Um caminho que é estreito, mas leva à vida. Este é o Evangelho. Ele não veio nos dizer que todos os caminhos são bons, porque não é o caso”, disse. “Que um padre abençoe e compare com o Sagrado Coração um caminho que está causando feridas mais profundas em muitos e levando-os a maiores pecados, é imprudência e uma grande mentira”.

Bronchalo também lamentou que muitas vezes nos desfiles do "orgulho LGBT" aqueles que participam deles "ridicularizam Deus e a Igreja".

Bronchalo afirmou então que “não é providencial que no mês do Sagrado Coração se celebre a celebração do orgulho LGBT. Mais uma vez, parece-me uma grande imprudência dizer isso, pois facilmente se vê que no fundo é algo mais obscuro”.

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Depois de lembrar que o catecismo pede para acolher os homossexuais “com respeito, compaixão e delicadeza”, algo que “o Sagrado Coração de Jesus nos ensina e faz”, o padre espanhol exortou o padre James Martin a “refletir bem sobre o que diz. Você pode ferir muitas pessoas com esses tipos de comparações que pretendem forçar ao extremo sua postura pró-LGBT”.

Padre Juan Manuel Góngora, que tem mais de 52 mil seguidores no Twitter e que em poucos dias receberá um prêmio por sua defesa da fé nas redes sociais, concordou com o que disse padre Bronchalo.

"Ótimo tópico do meu irmão @PatxiBronchalo respondendo aos mundanismos dissolventes de @JamesMartinSJ", disse o padre.

Padre Góngora também disse que o “orgulho” gay e o Sagrado Coração de Jesus “não são complementares, são totalmente antagônicos em sua essência e em sua forma. A humildade vence o orgulho”.

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