Cidade do México, 21 de jun de 2022 às 15:51
A Província Mexicana da Companhia de Jesus (Jesuítas) denunciou hoje (21) o assassinato de do padre Javier Campos Morales e padre Joaquín César Mora Salazar dentro de uma igreja ao “tentarem defender um homem que se refugiava no templo e que estava sendo perseguido por uma pessoa armada”, segundo comunicado dos jesuítas.
O crime ocorreu na segunda-feira (20), "dentro do templo da comunidade de Cerocahui, Chihuahua".
"Estoy conmocionado y entristecido por esta noticia. Mis pensamientos y oraciones están con los jesuitas en #Mexico y sus familias. Tenemos que detener la violencia en nuestro mundo y tanto sufrimiento innecesario" - P. Arturo Sosa en el asesinato de Javier Campos y Joaquín Mora https://t.co/MWKqw5xRGO
— Compañía de Jesús (@JesuitasESP) June 21, 2022
Os sacerdotes, disse padre Ismael Bárcenas S.J., “foram assassinados no contexto de violência que este país vive”.
Segundo o jornal El Sol de México, a Procuradoria Geral do Estado anunciou que o ataque ocorreu por volta das 18h. O assassino também matou o homem que estava perseguindo.
“Estou chocado e triste com esta notícia. Meus pensamentos e orações estão com os jesuítas no México e suas famílias. Temos que acabar com a violência em nosso mundo e com tanto sofrimento desnecessário”, escreveu no Twitter padre Arturo Sosa, superior geral dos jesuítas.
A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) condenou o assassinato dos padres. “Com profunda dor e indignação, unimo-nos em oração à Companhia de Jesus pelo homicídio de dois de seus sacerdotes jesuítas”, afirmou em nota.
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Em seu comunicado, os jesuítas do México condenaram “estes atos violentos” e exigiram “justiça e a recuperação dos corpos de nossos irmãos que foram retirados do templo por pessoas armadas”.
“Também exigimos que todas as medidas de proteção sejam adotadas imediatamente para salvaguardar a vida de nossos irmãos jesuítas, religiosas, leigos e toda a comunidade Cerocahui”.
Os jesuítas lamentaram que a violência e o crime sejam comuns nesta região do território mexicano. “Eventos como esses não são isolados. A serra tarahumara, como muitas outras regiões do país, enfrenta condições de violência e negligência que não foram revertidas. Todos os dias homens e mulheres são arbitrariamente privados de vida, como nossos irmãos foram assassinados hoje”, denunciaram os jesuítas.
“Os jesuítas do México não ficarão calados diante da realidade que dilacera toda a sociedade. Continuaremos presentes e trabalhando pela missão de justiça, reconciliação e paz, por meio de nossas obras pastorais, educativas e sociais”, disseram.
Após expressar sua solidariedade a todos que também são vítimas de violência, os jesuítas manifestaram sua confiança de que "os testemunhos de vida cristã de nossos queridos Javier e Joaquín continuem a inspirar homens e mulheres a se entregarem ao serviço dos mais desprotegidos".
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— ACI Digital (@acidigital) January 31, 2022