KIEV, 22 de jun de 2022 às 15:44
Uma mãe se despediu de seu filho, morto em um bombardeio russo na região de Donbas, na Ucrânia, com uma canção de ninar que ela cantou em uma igreja durante o funeral.
Em um vídeo publicado no Twitter, Ivanna Krypyakevych-Dymyd, pintora de ícones e mãe de Artemiy Dymyd, de 27 anos, aparece cantando uma canção de ninar ao lado do caixão, na nave de uma igreja em Lviv, na Ucrânia.
??Ukrainian mother singing one last lullaby to her son - soldier Artem Dymyd, killed by mortar fire on the 18th of June.
— Danylo Mokryk (@DMokryk) June 21, 2022
Video by Dzvinka Kalynets-Mamchur. pic.twitter.com/fc4IEcfEZC
Artemiy Dymyd morava nos Estados Unidos quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro. Ele se alistou para defender seu país e morreu durante um bombardeio em Donbas na manhã de sábado (18).
Seu pai é o padre Mykhailo Dymyd, primeiro reitor e professor da Academia Teológica de Lviv, e capelão da Maidan durante a "Revolução da Dignidade" de 2013 na Ucrânia.
Segundo a agência italiana SIR, o funeral de Artemiy e de Nazar Gladky, outro soldado de 22 anos que morreu em meio à guerra, foi realizado na terça-feira (21) na cidade de Lviv, onde uma multidão de escoteiros desfilou para homenageá-los.
A Universidade Católica da Ucrânia, por iniciativa da família, decidiu criar um fundo de bolsas com o nome de Artemiy.
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O líder máximo da Igreja Greco-Católica Ucraniana, o arcebispo Stiatoslav Shevchuk, disse que a “morte heroica” de Artemiy “comoveu todos os círculos intelectuais e científicos da Ucrânia”. “Hoje dizemos: os heróis não morrem. Nós te pedimos: Deus, acolhe-o em teus braços e dá-lhe a memória eterna”.
Ucrânia está perdendo seus melhores jovens
“Nossos filhos estão cansados, mas têm um nível muito alto de motivação moral porque sabem o que estão fazendo e pelo que estão lutando”, disse a SIR padre Andriy Zelinskyy, capelão militar da Igreja Greco-Católica Ucraniana.
“A Ucrânia está perdendo seus melhores jovens porque os rapazes, com um grande senso de responsabilidade, são os primeiros a se apresentar. São todos jovens que optaram por se alistar para defender suas famílias e o país”, disse o padre.
Segundo o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em 21 de junho, 4.597 civis morreram por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia. Destes, 313 são menores. Também foram registrados 5.711 feridos, dos quais 471 são menores.
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— ACI Digital (@acidigital) June 20, 2022