ROMA, 29 de nov de 2005 às 17:01
O Arcebispo católico-caldeu de Kirkuk, Dom. Louis Sako, comunicou aos muçulmanos do Iraque sua disposição para o diálogo, mas advertiu que pretender aplicar a sharia ou lei muçulmana na nova Constituição do convulsionado país é incompatível com os desejos de democracia.Em entrevista ao jornal alemão Tagepost, o Arcebispo exortou os muçulmanos a uma "nova leitura de sua religião", para assegurar o futuro do Islã. "Devem procurar renovar-se", disse.
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Aos muçulmanos corresponde também uma nova leitura do cristianismo, renunciando a vê-lo de um ângulo negativo para poder permitir o diálogo que, de outra forma, seria impossível. "Os cristãos –assinalou o Prelado– estão muito dispostos ao diálogo, mas não a outra parte, pois para eles o Islã é a perfeição da religião".
Dom. Sako considerou muito perigoso considerar o Islã como fonte fundamental da Constituição iraquiana. "O direito islâmico da sharia e a democracia são incompatíveis", disse o Prelado.