O padre espanhol Juan Manuel Góngora classificou como "providencial" que a revogação da histórica decisão que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973 tenha acontecido hoje (24), dia em que a Igreja Católica celebra o Sagrado Coração de Jesus.

“Que o declínio do aborto no Ocidente comece graças a uma Suprema Corte, sob administração democrata, no dia do Sagrado Coração de Jesus. Providencial”, escreveu padre Góngora em sua conta no Twitter, com mais de 52 mil seguidores.

A Suprema Corte dos Estados Unidos anulou hoje, por seis votos a três, a sentença do caso Roe x Wade, que há 49 anos abriu as portas para o aborto legal nos Estados Unidos. Dos seis juízes que votaram pela derrubada de Roe x Wade, o relator Samuel A. Alito Jr., os juízes Brett Kavanaugh, Clarence Thomas, Amy Coney Barret e o presidente da Suprema Corte, John Roberts, são católicos. O juiz Neil Gorsuch, que também votou a favor, foi criado na Igreja Católica, mas hoje frequenta a Igreja Episcopal. Gorsuch, Kavanaugh e Coney Barrett foram nomeados para a Suprema Corte pelo então presidente dos EUA Donald Trump.

“A gestão do governo Trump na época conseguiu fazer com que a aberrante decisão Roe x Wade faça parte do passado sombrio”, disse o padre Góngora à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI. “Hoje é um dia de grande alegria para celebrar este passo dado a favor da vida e contra a cultura da morte”.

Padre Góngora também afirmou que “a Divina Providência quis que a Suprema Corte dos Estados Unidos anulasse aquela sentença desastrosa neste 24 de junho e na terceira sexta-feira de junho, dia de São João Batista (celebrado liturgicamente ontem) e o solenidade do Sagrado Coração de Jesus".

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“Tanto o Messias quanto o precursor se encontraram pela primeira vez no ventre de suas mães. Ainda hoje se abre um caminho de esperança para a defesa da vida e da família”, disse padre Góngora.

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