KADUNA, 27 de jun de 2022 às 16:07
Um padre da arquidiocese de Kaduna, na Nigéria, foi morto por terroristas no sábado (25), disse o chanceler arquidiocesano padre Christian Okewu.
“É com grande tristeza no coração, mas com total submissão à vontade de Deus, que anunciamos a morte do padre Vitus Borogo”, escreveu Okewu num comunicado publicado no sábado (25), enviado à ACI Africa, agência do grupo ACI.
"O triste evento ocorreu hoje, em Prison Farm, Kujama, ao longo da estrada Kaduna-Kachia, após uma incursão na fazenda por terroristas", acrescentou.
Okewu disse que “até sua morte, padre Vitus (de 50 anos) trabalhava como capelão da comunidade católica do politécnico estadual de Kaduna e era presidente da Associação Diocesana de Padres Católicos da Nigéria (NCDPA), capítulo Kaduna”.
“Dom Matthew Man-Oso Ndagoso, arcebispo católico de Kaduna, expressa suas condolências à família imediata, à Família Politécnica de Kaduna da NFCS (Federação Nigeriana de Estudantes Católicos) e, de fato, a toda a comunidade Politécnica de Kaduna; e assegura-lhes a sua proximidade fraterna e as suas orações”, acrescentou o chanceler da arquidiocese de Kaduna.
Por fim, escreveu que a alma de padre Borogo foi confiada “à materna intercessão da Santíssima Virgem Maria, e apelamos a todos os homens e mulheres de boa vontade que continuem rezando pelo descanso pacífico de sua alma e pela consolação de sua família enlutada, especialmente de sua mãe”.
A BBC informou em abril de 2022 que a Nigéria “está enfrentando uma onda de violência por gangues armadas que frequentemente fazem assassinatos e sequestros por resgate, principalmente em comunidades rurais desprotegidas”.
Desde 2009, quando surgiu o Boko Haram com o objetivo de transformar o país em um estado islâmico, a Nigéria vive um estado de insegurança.
O Boko Haram, um dos maiores grupos islâmicos da África, tem feito ataques terroristas indiscriminados contra vários alvos, incluindo grupos religiosos e políticos, assim como civis.
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A situação de insegurança se complicou ainda mais pelo envolvimento de pastores Fulani predominantemente muçulmanos, também conhecidos como milícia Fulani, que atacam com frequência os agricultores cristãos.
A morte de Borogo é a mais recente de uma série de assassinatos de membros do clero e fiéis cristãos na nação mais populosa da África.
O ataque mais sangrento contra os católicos ocorreu no último domingo de Pentecostes, 5 de junho, quando homens armados atacaram a paróquia católica de São Francisco Xavier de Owo, na diocese de Ondo, deixando 39 fiéis mortos e mais de 80 feridos.
No início deste ano, em março, Joseph Akete Bako, outro padre da arquidiocese de Kaduna, foi sequestrado por homens armados de sua casa e seu segurança foi morto. A arquidiocese anunciou depois a morte do padre Bako.
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— ACI Digital (@acidigital) June 27, 2022