Ontem (28) foi apresentado o logotipo oficial do Jubileu 2025, celebrado sob o lema “Peregrinos da Esperança”.

Um Jubileu, ou Ano Santo, é um grande evento religioso. Há jubileus ordinários, como será o de 2025, a cada 25 anos, e jubileus extraordinários, proclamados em razão de algum evento especial.

O último Jubileu ordinário ocorreu em 2000 no pontificado do papa são João Paulo II. O papa Francisco proclamou 2015 Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.

A entrevista coletiva aconteceu na Sala Regia do Palácio Apostólico do Vaticano e contou com a presença do secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, o autor do logotipo escolhido em concurso, Giacomo Travisani.

Desde 1300, o primeiro Ano Santo, “o povo santo e fiel de Deus experimentou esta celebração como um dom especial da graça, caracterizado pelo perdão dos pecados e, em particular, pela indulgência, que é uma expressão plena da misericórdia de Deus”, escrerveu o papa Francisco em carta a dom Fisichella.

Antes de começar a entrevista coletiva, o cardeal Pietro Parolin encorajou a ter "o olhar fixo na esperança" antes da chegada do próximo Ano Jubilar e lembrou as palavras do papa Francisco, que defendeu que "devemos fazer todo o possível para que cada um tenha a força e a certeza de olhar para o futuro com coragem”.

Fisichella disse que "a fragilidade vivida nos últimos anos, juntamente com a guerra, nos mostra um futuro incerto".

Por isso, destacou a “urgência de viver o Jubileu à luz da esperança” e que este evento se torne um encontro de todos os peregrinos “de qualquer cor e raça”.

Ele também lembrou o convite de Francisco para se preparar em oração para o Ano Jubilar.

Fisichella disse que 249 propostas de 213 cidades e 48 países diferentes participaram do concurso do desenho do logo.

A idade dos concorrentes estava entre 6 e 83 anos e entre os jurados havia especialistas em arte que valorizaram tanto a mensagem pastoral quanto a estética.

Três das propostas foram apresentadas ao papa e, “depois de uma decisão difícil”, Francisco escolheu a vencedora.

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O autor do logotipo, disse que "ele teve uma inspiração" e que rapidamente imaginou pessoas de todas as cores, nacionalidades e lugares.

“Quis dar dinamismo à imagem”, disse Travisani. Ele usou “o vermelho para a cor do amor, o laranja como representante do calor humano, o verde para a paz e equilíbrio e o azul como a cor da segurança”.

O logo mostra quatro figuras estilizadas para indicar toda a humanidade dos quatro cantos da terra. Cada uma delas abraçando-se mutuamente, indicando a solidariedade e a fraternidade que deve unir os povos. A primeira figura está agarrada à cruz "como símbolo de fé e esperança".

Sob essas figuras há ondas que indicam que “a peregrinação da vida nem sempre se faz em águas calmas”.

Perante estas dificuldades, a parte inferior da Cruz é alongada em forma de âncora, “que domina o movimento das ondas”.

O logotipo destaca ainda que “a viagem do peregrino não é individual, mas sim comunitária, com os sinais de um dinamismo crescente que se move cada vez mais em direção à Cruz”.

Do mesmo modo, a Cruz inclina-se para encontrar a humanidade, "sai ao seu encontro como se não a deixasse em paz, mas sim oferecendo a certeza da sua presença e a tranquilidade da esperança".

Finalmente, o lema do Jubileu, “peregrinos da esperança”, envolve a imagem em verde.

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